A Nestlé Brasil e a Embrapa firmaram um acordo durante a COP30 em Belém para desenvolver tecnologias que diminuam as emissões na produção agrícola e pecuária.
O foco inicial está nas cadeias de leite e cacau, com pesquisas para dietas que reduzam gases de efeito estufa em vacas e sistemas agroflorestais mais sustentáveis para o cacau.
Essa colaboração busca apoiar a neutralidade de carbono da Nestlé até 2050, alinhando ciência e práticas locais para fortalecer a agricultura regenerativa no Brasil.
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A agricultura regenerativa na COP30 ganha um novo impulso com a colaboração entre a Nestlé Brasil e a Embrapa. O acordo, formalizado durante a COP30 em Belém, visa acelerar o desenvolvimento de soluções tecnológicas sustentáveis para a produção agrícola e pecuária, alinhando-se à meta da Nestlé de neutralidade de carbono até 2050.
O Brasil, um dos principais fornecedores de ingredientes para a Nestlé globalmente, deposita confiança na ciência nacional para liderar a transição para modelos regenerativos na agropecuária. A parceria com a Embrapa demonstra o compromisso da empresa com sistemas alimentares mais saudáveis e resilientes.
Os projetos iniciais da parceria se concentrarão nas cadeias produtivas de leite e cacau, buscando a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE). No setor de leite, o objetivo é testar dietas que mitiguem o carbono na pecuária, analisando o perfil de emissão de GEE de vacas em lactação submetidas a diferentes alimentações.
Para o cacau, o foco está no desenvolvimento de sistemas agroflorestais (SAFs) mais eficientes. A Embrapa recomenda o plantio sombreado em SAFs na Amazônia como uma estratégia de descarbonização, visando ampliar a produção sustentável e tornar o Brasil autossuficiente na produção de cacau.
A colaboração entre a Nestlé e a Embrapa já possui um histórico de quase três décadas, incluindo o Programa de Boas Práticas em Fazendas de Leite, que se tornou referência nacional em higiene e qualidade. O novo acordo conta com o aval do Nestlé Institute of Agricultural Sciences (NIAS), que busca acelerar pesquisas em agricultura regenerativa e adaptação climática.
O apoio do NIAS é crucial para que a Nestlé alcance sua meta de garantir que 50% de suas principais matérias-primas provenham de práticas regenerativas até 2030. A parceria une a ciência global da Nestlé à realidade brasileira, permitindo validação local e transferência de conhecimento para o campo.
A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, enfatiza a importância da união entre produtividade, competitividade e sustentabilidade, criando valor para a sociedade e contribuindo para a descarbonização do país. A iniciativa reforça o potencial do Brasil em liderar a transição para uma agricultura regenerativa na COP30 e nos sistemas alimentares globais.
A parceria demonstra o compromisso da Nestlé em investir em práticas agrícolas que beneficiem o meio ambiente e a economia local. Com foco em pesquisa e desenvolvimento, a colaboração tem o potencial de gerar impacto significativo na produção sustentável de alimentos no Brasil.
Via Forbes Brasil
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