A neurocientista Suzana Herculano-Houzel relatou sua experiência com o jogo Pips, que integra peças de dominó usadas de forma inovadora para desafios de raciocínio lógico e espacial.
Diferente do dominó comum, Pips exige flexibilidade mental, sem depender de sorte, e oferece três níveis de dificuldade, sem limite de tempo para jogadas. A estratégia para avançar envolve mapear restrições no tabuleiro, o que ajuda a solucionar os desafios.
O jogo estimula a memória de trabalho e o raciocínio, proporcionando uma experiência sem pressão e divertida. Suzana destaca que essa prática frequente ajuda na adaptação e desenvolvimento da inteligência.
A neurocientista Suzana Herculano-Houzel relatou sua experiência com o joguinho Pips, recentemente adicionado ao aplicativo de jogos do New York Times. Pips utiliza peças de dominó de forma inovadora, exigindo raciocínio lógico e espacial para posicionar as peças em uma grade conforme regras específicas, como números iguais, diferentes, soma e outros desafios matemáticos.
Ao contrário do dominó tradicional, Pips não segue a regra básica de casar números, o que demanda flexibilidade mental e pureza no uso da inteligência, sem qualquer dependência da sorte. O jogo não tem limite de tempo e permite que o jogador refaça movimentos à vontade. São três níveis de dificuldade, oferecendo desafios equilibrados para diversos perfis.
O processo para avançar no joguinho consiste em identificar as principais limitações do tabuleiro, como peças que só podem ocupar posições específicas, o que ajuda a reduzir possibilidades e facilitar soluções. Suzana destaca que essa estratégia também pode ser aplicada em problemas da vida real, onde mapear restrições é fundamental para encontrar respostas.
Além de exercitar a memória de trabalho — responsável por manter e manipular informações temporariamente — Pips propicia uma satisfação ao registrar o progresso e concluir desafios complexos. Para a neurocientista, jogos do tipo estimulam a inteligência e a capacidade de raciocínio de forma divertida e sem pressão.
A proposta de Pips reforça a ideia de que a inteligência é uma questão de flexibilidade e adaptação, mais do que quantidade de conhecimento ou tempo gasto. A neurocientista segue recomendando a prática frequente para aprimorar essas habilidades.
Via Folha de S.Paulo