Diante das crescentes **tarifas comerciais dos EUA**, a Nike anunciou que prevê um impacto financeiro considerável em suas receitas. A empresa estima que essas tarifas resultarão em um custo adicional de aproximadamente US$ 1 bilhão no ano fiscal de 2026. Apesar desse desafio, a Nike está implementando estratégias para mitigar os efeitos negativos, ajustando sua cadeia de suprimentos e considerando aumentos de preços.
A Nike está trabalhando ativamente para reduzir sua dependência da China. Atualmente, cerca de 16% da produção da empresa está alocada no país. O objetivo é diminuir essa porcentagem para um dígito alto até o próximo verão do Hemisfério Norte. Essa mudança faz parte de um esforço maior para diversificar as fontes de fabricação e reduzir a vulnerabilidade às tarifas comerciais dos EUA.
Apesar das dificuldades impostas pelas tarifas, a Nike apresentou resultados trimestrais que superaram as expectativas do mercado. A receita atingiu US$ 11,10 bilhões, com um lucro de US$ 211 milhões. No entanto, as vendas apresentaram uma queda de aproximadamente 12% em comparação com o mesmo período do ano anterior, refletindo uma estratégia de reestruturação que envolve descontos e o retorno ao modelo de vendas por atacado.
A empresa também enfrenta desafios como a redução no tráfego de clientes em suas lojas físicas. No entanto, os dados mais recentes mostram sinais de melhora nesse aspecto. A Nike mantém um forte compromisso com a estabilização de seus negócios, mesmo diante de um cenário complexo que inclui tarifas comerciais dos EUA elevadas e uma concorrência acirrada no mercado de vestuário esportivo.
Elliott Hill, CEO da Nike, afirmou que a fase mais desafiadora do processo de recuperação está em andamento. A empresa espera que os resultados apresentem melhorias nos próximos trimestres. As tarifas elevadas devem impactar a margem bruta em até 1 ponto percentual, especialmente no primeiro semestre.
A diversificação de fornecedores e o foco na expansão da presença no segmento feminino são prioridades estratégicas para a Nike. A empresa busca recuperar sua participação de mercado em face da concorrência de marcas como Lululemon e Alo Yoga. Além disso, a Nike está trabalhando em uma parceria com a linha de roupas íntimas de Kim Kardashian, com lançamento previsto para o final do ano, e investindo na inovação de produtos e na expansão do comércio digital.
Apesar dos desafios enfrentados, as ações da Nike tiveram uma reação positiva às notícias, com um aumento de cerca de 10% durante a teleconferência com investidores.
O cenário atual exige adaptação e resiliência, e a Nike parece estar trilhando um caminho estratégico para mitigar os impactos negativos e buscar novas oportunidades de crescimento no mercado global.
Via InfoMoney