A Nio, nova operadora de fibra óptica que substitui a Oi, lançou seus planos de internet com preços competitivos. Embora alguns pacotes sejam ligeiramente mais caros que os da antiga Oi Fibra, outros se destacam por serem até 47% mais baratos em comparação com os concorrentes do mercado de banda larga. A empresa adota um modelo de rede neutra, compartilhando infraestrutura com outras empresas de internet.
Os clientes da antiga Oi Fibra têm a opção de manter seus planos atuais ou migrar para um dos três novos pacotes da Nio. Para atrair e fidelizar clientes, a Nio anunciou que manterá os preços congelados até janeiro de 2028. Essa estratégia visa oferecer estabilidade e previsibilidade aos consumidores em um mercado dinâmico.
A Nio opera sem infraestrutura própria de cabos e antenas, seguindo o modelo de rede neutra. Nesse modelo, a empresa compartilha a infraestrutura com outras operadoras, otimizando recursos e reduzindo custos. A Oi, antes da venda, era a segunda maior operadora de internet fibra óptica no Brasil, ficando atrás apenas da Vivo, segundo dados da Anatel.
Comparando os preços dos planos de internet da Nio com os de outras operadoras como Vivo, Claro e TIM, a Nio oferece o plano de 500 Mega por R$ 100 mensais, enquanto a Claro cobra R$ 120 pelo mesmo pacote. O plano de 700 Mega da Nio sai por R$ 130 mensais, enquanto a Vivo oferece o mesmo plano por R$ 150. Já o plano de 1 Giga da Nio custa R$ 160 mensais, enquanto Vivo e Claro cobram R$ 300. A TIM oferece o mesmo plano por R$ 140.
A Nio surgiu após a Oi entrar em processo de recuperação judicial em 2016, com dívidas de R$ 65 bilhões. A Oi vendeu seus ativos, incluindo a unidade de internet fibra, que se transformou em duas empresas: Nio e V.tal, ambas controladas por fundos do banco BTG Pactual. Em 2020, a Oi separou seu serviço de fibra em InfraCo (infraestrutura física) e ClientCo (carteira de clientes). Em 2021, a InfraCo se transformou em V.tal e foi comprada por fundos do BTG Pactual e pela Globenet Cabos Submarinos. Em 2024, a V.tal comprou a ClientCo, resultando na criação da Nio, que iniciou suas operações comerciais em maio de 2025.
A Nio não divulgou metas de crescimento, mas Marcio Fabbris, presidente-executivo da empresa, afirma que o foco é aumentar o número de clientes nas cidades onde já atua. A empresa está focada em melhorar o atendimento ao cliente, aumentando o número de atendentes e diminuindo o tempo de espera no SAC.
Embora a Nio esteja focada na qualidade do serviço, há críticas de consumidores no ReclameAqui, principalmente sobre falta de sinal e atendimento ruim. A empresa está listada como a terceira pior no segmento de empresas de internet no site, atrás de Claro e Vivo.
A internet banda larga pode ser via fibra óptica ou cabo. Na conexão via cabo, a internet chega por fios de cobre, sujeitos a interferências que reduzem a velocidade. A fibra óptica utiliza um material mais resistente e menos exposto a fatores externos.
A Nio opera em 322 cidades brasileiras por meio da rede neutra da V.tal, usada também por empresas como TIM e Sky. Nesse modelo, a Nio cuida do atendimento ao cliente, enquanto a V.tal mantém a rede de fibra e presta serviços técnicos. Segundo Fabbris, a rede da V.tal suporta a operação de várias empresas e, quando necessário, novos investimentos serão feitos para aumentar a capacidade.
Empresas como Fibrasil (com a Vivo como sócia) e I-Systems (com a TIM como dona) também operam nesse modelo. A Anatel não possui uma regulação específica sobre redes neutras, mas avalia que a regulamentação atual permite a atuação das empresas nesse modelo, contribuindo para aumentar a competição e expandir a cobertura, especialmente em regiões menos atrativas para operadoras.
Via G1