A Nova Era do Plano de Carreira e a Inteligência Artificial

Descubra como a inteligência artificial transforma a forma de progredir na carreira profissional.
25/08/2025 às 17:36 | Atualizado há 11 horas
IA e plano de carreira
A inteligência artificial revoluciona o avanço na carreira profissional. (Imagem/Reprodução: Startups)

O conceito tradicional de plano de carreira está se transformando com a ascensão da inteligência artificial. Profissionais agora precisam gerar valor em vez de apenas acumular anos de experiência.

A IA se tornou um pré-requisito em muitas funções, semelhante ao que ocorreu com o domínio da internet nos anos 2000. O que importa é a eficácia no uso das ferramentas de IA, e não apenas o tempo de serviço.

Com a automação de funções de entrada, os jovens têm buscado criar suas próprias startups e inovações em vez de esperar por uma promoção. A relação entre formação acadêmica e valorização profissional está mudando, priorizando resultados reais e impacto.

O conceito de plano de carreira tem sido tradicionalmente associado a uma progressão em hierarquias, começando no estágio e avançando para cargos de analista júnior, pleno e sênior. No entanto, a revolução trazida pela inteligência artificial, ou IA, está demolindo esse modelo. A IA e plano de carreira agora se relacionam com a capacidade de gerar valor em vez de simplesmente acumular anos de experiência em uma organização.

Hoje, dominar a IA não é mais um diferencial, mas um pré-requisito na maioria das funções. Iniciativas semelhantes às que foram promovidas nos anos 2000—quando o conhecimento em internet começou a ser fundamental para a maioria das profissões—estão se repetindo. Com a IA, todo profissional precisa ser proficiente nessa tecnologia para entregar resultados tangíveis. A experiência por si só já não é o principal critério de promoção; agora, o que conta é a eficácia na utilização de ferramentas de IA.

Dados indicam que startups e empresas de tecnologia que utilizam IA podem gerar entre US$ 1 milhão e US$ 6 milhões por colaborador, enquanto empresas tradicionais alcançam entre US$ 300 mil e US$ 700 mil por pessoa. Exemplos como a Amazon, que estabeleceu como meta US$ 5 milhões de receita por colaborador, ilustram esse novo paradigma.

Essa mudança também altera nossa compreensão do que significa ser “sênior”. Se antes essa posição era reservada a quem tinha mais tempo na empresa ou conhecia todos os processos, agora se refere à capacidade de resolução de problemas e entrega de resultados. Muitas vezes, a inovação e a eficiência vêm de profissionais mais jovens que estão mais familiarizados com as ferramentas de IA.

Além disso, funções de entrada estão sendo rapidamente automatizadas. Tarefas simples e repetitivas não exigem mais pessoas para serem realizadas, o que resulta na eliminação de muitos dos tradicionais cargos de início de carreira. Ao invés de aguardar a sua vez, vemos jovens sendo iniciantes em suas próprias startups, criando produtos e testando ideias antes mesmo de obter o primeiro emprego formal.

As novas áreas de crescimento profissional exigem que os valiosos talentos se destaquem por meio de projetos próprios, blogs, produtos digitais e serviços. As empresas estão menos interessadas em diplomas e mais em evidências de como os candidatos pensam e como suas ideias se traduzem em impacto real.

Em um panorama mundial, há um fenômeno crescente de envelhecimento da população, que impacta diretamente a força de trabalho. Com menos jovens se juntando ao mercado, a produtividade precisa ser reavaliada, e a IA é vista como uma solução. Países como Japão e Coreia do Sul já enfrentam essa realidade, enquanto o Brasil também se aproxima dessa situação.

Assim, a antiga concepção de plano de carreira como uma escada linear não faz mais sentido e precisa ser reformulada. Na era da IA, o foco deve ser na criação de valor e resultados que realmente importem para as organizações.

Via Startups

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.