Nova Tarifa de Importação de 50% Afeta Setor Moveleiro

Nova tarifa de 50% sobre móveis provoca preocupações no setor moveleiro e pode resultar em milhares de empregos em risco.
06/08/2025 às 06:27 | Atualizado há 1 mês
Tarifa EUA moveleiro
Nova tarifa de 50% sobre móveis ameaça empregos no setor e gera preocupações. (Imagem/Reprodução: Exame)

A nova tarifa de importação de 50% sobre móveis, que começa a valer em 6 de agosto, impacta severamente o setor moveleiro no Brasil. Estados como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, responsáveis pela maior parte das exportações, estão em alerta. A Abimóvel estima que cerca de 10.000 empregos diretos estão em risco, podendo aumentar para 50.000 considerando empregos indiretos.

Empresas enfrentam dificuldades, com relatos de pedidos a respeito de embarques individuais. Por exemplo, a Temasa parou algumas produções devido à incerteza da demanda. A tensão financeira se intensifica com altos custos de produção, fazendo com que muitas empresas percam competitividade no mercado americano.

O impacto é visível nas linhas de produção, com várias indústrias podendo entrar em férias coletivas. A Abimóvel negocia com o governo para encontrar soluções que atenuem os efeitos da nova tarifa, enquanto a cadeia produtiva busca recuperar a estabilidade, já fragilizada, em busca de alternativas que preservem o espaço conquistado no mercado internacional.

A nova tarifa de importação de 50% sobre móveis, que começa a valer nesta quarta-feira, 6 de agosto, pode impactar severamente o setor moveleiro brasileiro. Especialmente, essa Tarifa EUA moveleiro afeta diretamente as empresas localizadas em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná, estados que possuem uma significativa participação no mercado de exportação.

Com aproximadamente um terço das exportações do setor sendo direcionadas para os Estados Unidos, a medida gera preocupações sobre sua viabilidade econômica. A Abimóvel, associação que representa as empresas do setor, estima que cerca de 10.000 empregos diretos estão em risco, podendo chegar a 50.000 quando se consideram os postos de trabalho indiretos.

Empresas como a Temasa, localizada em Caçador, já relatam dificuldades. “Recebemos pedidos de clientes pedindo para segurar embarques. Eles não cancelaram, mas estão indecisos sobre o que fazer”, comenta Leonir Tesser, diretor da empresa. A Temasa é um exemplo de como a indústria brasileira se adaptou ao mercado americano, produzindo 1,3 milhão de peças de móveis desmontados mensalmente.

A nova tarifa adiciona uma pressão financeira aos fabricantes, que já enfrentam desafios por causa dos altos custos de produção e de logística. Com a combinação de uma tarifa de 40% além dos 10% já existentes, muitos negócios perderão a competitividade. Alguns produtos são especificamente fabricados para o mercado americano, cujos consumidores têm exigências específicas em design e funcionalidade.

O efeito dessa medida é visível em várias regiões. Em São Bento do Sul, por exemplo, a maioria das indústrias de móveis, que respondem por cerca de 62% das exportações locais para os EUA, já estão sentindo as consequências, como linhas de produção paradas e a implementação de férias coletivas. Além disso, fornecedores da cadeia produtiva, como fabricantes de ferragens e tintas, também estão enfrentando dificuldades devido a cancelamentos nos pedidos.

A Abimóvel está em diálogo com o governo brasileiro para discutir alternativas que possam suavizar os impactos da nova tarifa. A Seção 232 da legislação americana, que avalia se importações afetam a segurança nacional, está em análise e pode influenciar as tarifas futuras.

As empresas e trabalhadores do setor seguem inseguros quanto ao futuro, e a situação revela a fragilidade de uma cadeia de produção historicamente forte. Com as expectativas turvas, todos os envolvidos no setor moveleiro aguardam uma solução que possa não apenas mitigar os efeitos da Tarifa EUA moveleiro, mas também preservar o espaço que conquistaram no mercado internacional ao longo de décadas.

Via Exame

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.