Nova taxa de US$ 250 para visto dos EUA pode afetar turismo

Nova taxa de US$ 250 para visto dos EUA pode dificultar viagens ao país; entenda os impactos no turismo.
30/08/2025 às 18:41 | Atualizado há 2 dias
Taxa de visto EUA
Taxa de integridade de visto de US$ 250 pode impactar o setor de turismo nos EUA. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

A nova taxa de US$ 250 para o visto dos EUA, chamada “taxa de integridade”, pode complicar ainda mais a situação do turismo americano. Em meio à queda de 3,1% nas visitas ao país, a medida eleva o custo dos vistos para US$ 442, impactando especialmente turistas de países como Brasil e Argentina.

Dados mostram que as chegadas internacionais devem cair para menos de US$ 169 bilhões em 2024, exacerbando a crise enfrentada pelo setor. Com eventos importantes no horizonte, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, a nova taxa pode desestimular ainda mais os visitantes. A consultoria Tourism Economics já previa um aumento nas viagens em 2025, mas agora estima uma nova queda.

Os viajantes estão preocupados com a possibilidade de taxas recíprocas e com o aumento dos custos. A taxa imposta reforça a percepção de que as políticas de imigração estão tornando a experiência de visitar os EUA menos acessível, dificultando ainda mais a recuperação do setor de turismo.
A imposição de uma nova taxa de visto EUA, denominada “taxa de integridade”, no valor de US$ 250, representa um desafio adicional para o setor de turismo dos Estados Unidos, em um momento já marcado pela diminuição do número de visitantes devido às políticas de imigração. Essa medida pode intensificar a pressão sobre um mercado que busca se recuperar.

Os dados mais recentes indicam uma queda de 3,1% nas viagens aos EUA, totalizando 19,2 milhões de visitantes. Este declínio desafia as expectativas de que, em 2025, o país superaria os 79,4 milhões de visitantes anuais registrados antes da pandemia. A nova taxa de visto EUA, que entra em vigor em 1º de outubro, eleva o custo total do visto para US$ 442, tornando-o um dos mais caros do mundo.

A medida impacta principalmente viajantes de países como México, Argentina, Índia, Brasil e China, que não estão isentos da exigência de visto. Gabe Rizzi, presidente da Altour, destaca que qualquer fator que dificulte a experiência do viajante pode resultar na diminuição do volume de viagens.

Espera-se que os gastos de turistas internacionais nos EUA diminuam para menos de US$ 169 bilhões este ano, em comparação com os US$ 181 bilhões registrados em 2024, de acordo com projeções do World Travel & Tourism Council. A nova taxa de visto EUA reforça a percepção de que as políticas de imigração podem estar prejudicando o turismo, mesmo com eventos importantes como a Copa do Mundo da FIFA 2026 e as Olimpíadas de Los Angeles 2028 no horizonte.

Além da taxa de visto EUA, o governo propôs novas regulamentações que visam restringir a duração dos vistos para estudantes, visitantes de intercâmbio cultural e membros da mídia. No início de agosto, foi mencionado que os EUA poderiam exigir taxas de até US$ 15 mil para alguns vistos de turismo e negócios, como parte de um programa piloto para combater a permanência ilegal de visitantes após o vencimento de seus vistos.

A consultoria Tourism Economics, da Oxford Economics, havia previsto um aumento de mais de 10% nas viagens aos EUA em 2025. No entanto, a tendência atual indica uma queda de 3%, conforme apontado por Aran Ryan, diretor de estudos do setor da Tourism Economics.

A nova taxa de visto EUA tende a afetar principalmente os países da América Central e do Sul, que têm sido um ponto positivo para o setor de turismo dos EUA. As viagens do México para os EUA aumentaram quase 14%, enquanto as chegadas da Argentina cresceram 20% e as do Brasil 4,6%. Em contrapartida, as chegadas da China ainda estão 53% abaixo dos níveis de 2019, e as viagens da Índia diminuíram 2,4%.

Para alguns viajantes, o aumento da taxa de visto EUA pode ser considerado apenas mais um custo em uma viagem já dispendiosa. Su Shu, fundador da empresa chinesa Moment Travel, ressalta que os EUA sempre foram seletivos com seus visitantes.

James Kitchen, da Seas 2 Day & Travel, menciona que os viajantes estão preocupados com a possibilidade de imposição de taxas recíprocas no exterior.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.