As novas tarifas de importação dos EUA se tornam um desafio sério para o setor moveleiro brasileiro. Com grande parte das exportações destinadas ao mercado americano, essa mudança pode impactar a rentabilidade de diversas empresas e ameaçar milhares de empregos na cadeia produtiva.
A elevação dos custos de importação pode comprometer a competitividade dos móveis brasileiros nos Estados Unidos. Com empresários enfrentando um cenário de incertezas e possíveis retrações, a indústria moveleira, consolidada ao longo de várias décadas, se vê em um momento crítico.
Estima-se que até 10.000 empregos diretos possam ser perdidos devido a essa medida, afetando desde a produção até a logística. O setor se articula junto ao governo para buscar alternativas que possam mitigar os impactos das novas tarifas.
A iminente implementação de novas tarifas de importação pelos EUA representa um desafio significativo para o setor moveleiro brasileiro. Com uma parcela considerável das exportações destinada ao mercado americano, a medida ameaça a rentabilidade e a sustentabilidade de diversas empresas, com o potencial de impactar milhares de empregos e toda a cadeia produtiva. Acompanhe os desdobramentos e as possíveis consequências dessa medida para o Tarifa EUA moveleiro.
A medida, que eleva os custos de importação, pode alterar drasticamente a competitividade dos móveis brasileiros nos Estados Unidos. Empresas de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná, que tradicionalmente exportam para os EUA, enfrentam agora um cenário de incerteza e possível retração. A indústria moveleira brasileira, consolidada ao longo de décadas, vê-se diante de um momento crítico.
A nova Tarifa EUA moveleiro pode impactar as exportações, isso eleva a alíquota de importação para 50%, considerando os 10% já existentes, gerando apreensão entre os empresários do setor. Leonir Tesser, da Temasa, relata que clientes americanos já manifestaram a intenção de adiar embarques, aguardando um panorama mais claro. Essa hesitação reflete a insegurança que paira sobre o futuro das relações comerciais entre os dois países.
A Abimóvel estima que cerca de 10.000 empregos diretos poderão ser perdidos, com um impacto ainda maior se considerados os empregos indiretos. Essa retração atinge desde as serrarias até os operadores logísticos, passando pelos fornecedores de insumos como ferragens e tintas. Irineu Munhoz, presidente da Abimóvel, destaca que muitas empresas produzem exclusivamente para o mercado americano, tornando a situação ainda mais desafiadora.
Apesar da diminuição nos últimos anos, os Estados Unidos continuam sendo o principal destino das exportações de móveis brasileiros, totalizando US$ 225 milhões em 2024. A nova Tarifa EUA moveleiro pode mudar essa realidade, forçando as empresas a buscarem alternativas. Luiz Carlos Pimentel, do Sindusmobil, observa que clientes americanos estão adiando pedidos e suspendendo embarques, resultando em férias coletivas e estoques elevados.
A Temasa, localizada em Caçador (SC), é um exemplo emblemático da crise. A empresa, que exporta 100% de sua produção, com 45% destinada aos EUA, enfrenta um impacto imediato. Leonir Tesser descreve a situação como um choque, com fabricantes e clientes incertos sobre como proceder. A empresa busca alternativas, mas a adaptação a novos mercados não é simples, já que seus móveis são projetados especificamente para o consumidor americano.
Diversas cidades industriais, localizadas nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná, já sentem os efeitos da retração. Em São Bento do Sul (SC), cerca de 62% das exportações de móveis são direcionadas aos EUA. Empresas da região já implementaram férias coletivas devido à paralisação das linhas de produção. A Artemobili, no Rio Grande do Sul, e a Toro Bianco, no Paraná, também enfrentam cancelamentos de pedidos e suspensão de embarques.
Os fornecedores da cadeia moveleira, como a Renner Sayerlack e a Eucatex, também sofrem com a diminuição das exportações. Clientes brasileiros que exportam para os EUA cancelaram pedidos, levando à paralisação de linhas inteiras de produção. A Eucatex já discute o repasse de custos aos distribuidores, mas teme a perda de volume e a redução de margens. A situação exige uma resposta rápida e estratégica para mitigar os impactos negativos.
Diante desse cenário, o setor moveleiro pressiona o governo federal por negociações diplomáticas. A Abimóvel intensificou as articulações para buscar alternativas junto à Seção 232 da legislação americana. Essa seção avalia se produtos importados afetam a segurança nacional. O setor espera que, enquanto a investigação estiver em curso, as tarifas não sejam aplicadas aos móveis brasileiros, mas não há garantias.
Via Exame