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22/07/2025 às 17:29 | Atualizado há 2 meses
Herdeiros de Tarsila do Amaral
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A obra de Tarsila do Amaral, figura central do modernismo brasileiro, transcendeu as telas e hoje estampa diversos produtos, desde itens de decoração até vestuário. Essa popularização, entretanto, reacendeu debates sobre a gestão de seu legado e os direitos de imagem da artista. Uma disputa familiar, envolvendo os Herdeiros de Tarsila do Amaral, contratos de licenciamento e a autenticidade de obras, lança luz sobre o futuro da obra da pintora.

Após a morte de Tarsila do Amaral em 1973, sem filhos, seus direitos autorais e patrimoniais foram destinados aos seus irmãos, resultando em uma complexa árvore genealógica com 56 herdeiros. A gestão comercial de sua imagem é realizada pela Tarsila S.A., empresa que detém os direitos sobre a obra da artista. Sob a gestão de Paola Montenegro, sobrinha-bisneta de Tarsila, a empresa tem buscado expandir e diversificar os licenciamentos, o que gerou um aumento de 50% no faturamento no último ano.

Em 2022, uma crise surgiu quando outros herdeiros acusaram a então gestora, Tarsilinha do Amaral, de firmar contratos comerciais fora da estrutura oficial por meio de uma empresa chamada Manacá. A acusação era de que essas negociações paralelas à Tarsila S.A. geravam receitas não distribuídas à família. Tarsilinha nega as acusações, afirmando que a empresa era utilizada apenas para atividades pessoais como consultora e museóloga.

A Justiça determinou o depósito dos valores arrecadados com a exploração da obra em uma conta judicial, inacessível até que a partilha seja resolvida. Além disso, a autenticidade de obras atribuídas à artista também se tornou um ponto de discórdia entre os Herdeiros de Tarsila do Amaral. Em 2024, uma tela colocada à venda na SP-Arte por R$ 16 milhões foi considerada falsa por alguns membros da família.

Apesar da disputa, a Tarsila S.A. continua expandindo sua atuação, com novas parcerias firmadas desde o ano passado. A empresa busca democratizar o acesso à obra de Tarsila, levando suas criações para itens de consumo cotidiano, como quebra-cabeças e rótulos de vinho. No entanto, parte dos Herdeiros de Tarsila do Amaral questiona essa estratégia, argumentando que algumas decisões podem comprometer o legado da artista.

Em junho de 2025, Tarsilinha convocou uma assembleia e obteve apoio da maioria dos herdeiros para um novo plano de gestão, transferindo a liderança para três novos representantes. A validade jurídica dessa reunião é contestada pelo grupo de Paola Montenegro. Paralelamente, a Justiça determinou a reabertura dos inventários das gerações anteriores da família Amaral, o que pode reavaliar a estrutura da empresa e a definição dos herdeiros.

O legado de Tarsila do Amaral permanece nas vitrines, e-commerces e armários, enquanto a disputa familiar continua a desenrolar-se. A questão de quem tem o direito de falar e lucrar em nome da artista ainda não foi resolvida, misturando família, dinheiro e arte em uma batalha complexa.

Via Exame

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.