Novos Controladores das Casas Bahia: Quem são eles?

Conheça os novos controladores das Casas Bahia e seus planos para o futuro da empresa.
03/09/2025 às 08:46 | Atualizado há 2 dias
Controladores das Casas Bahia
Mapa Capital: de boutique desconhecida a destaque no mercado em um único deal. (Imagem/Reprodução: Braziljournal)

Após um acordo estratégico, a Mapa Capital assumiu o controle das Casas Bahia, despertando o interesse do mercado financeiro. A conversão de R$ 1,6 bilhão em dívidas da varejista gerou especulações sobre os planos da Mapa, que agora possui 85% da empresa. Fundada por Samuel Klein, a Casas Bahia agora conta com uma nova gestão buscando reestruturação.

Os sócios-fundadores da Mapa, André Helmeister e Fernando Beda, têm uma longa história no setor financeiro. A Mapa, anteriormente focada na assessoria, evoluiu para investimentos e já possui sucesso em outras empreitadas, como a Bioactive e o Guiabolso. Com a nova aquisição, o foco é aumentar a rentabilidade e expandir sua atuação, mantendo Renato Franklin como CEO.

Os acionistas da Mapa observam o desempenho das Casas Bahia. Após a recente conversão de dívida, as ações da varejista oscilaram, mas mostraram um aumento de 70%. A Mapa também controla outras empresas, como a Plascar e a MRO, e está em busca de novas oportunidades, reforçando sua presença no mercado.
Após um acordo estratégico, a Mapa Capital, antes uma boutique de soluções de capital e investimento da antiga Mauá, ascendeu ao controle das Casas Bahia, despertando o interesse do mercado financeiro. A conversão de R$ 1,6 bilhão em dívidas da varejista em junho deu à Mapa 85% da empresa fundada por Samuel Klein, gerando especulações sobre os planos por trás dessa movimentação.

André Helmeister e Fernando Beda, sócios-fundadores da Mapa, afirmaram que o interesse é na empresa, buscando companhias com potencial de valorização. Os sócios fundadores da Mapa, Helmeister, Beda e Paulo Silvestri, construíram uma relação ainda em 1988, quando iniciaram suas trajetórias como trainees no Banco Francês e Brasileiro.

Paulo Silvestri teve uma trajetória profissional menos comum, trilhando seu caminho na Daimler, hoje Mercedes-Benz Group, na Alemanha, até alcançar o cargo de CEO na América do Norte. Posteriormente, ele atuou como diretor de private equity na Rio Bravo por três anos. André Helmeister passou mais de 15 anos no BBA, sendo responsável pela abertura do banco na Argentina e atuando em corporate e investment banking no Brasil e na Europa. Fernando Beda também dedicou mais de uma década ao BBA antes de criar a área de capital solutions na Mauá, que foi adquirida pelos três amigos em 2013.

A Mapa Capital, com sua experiência no setor bancário, buscou assessorar empresas de médio porte em suas necessidades de capital. Inicialmente focada em assessoria, a empresa evoluiu para investimentos com capital próprio. A Bioactive, empresa de biotecnologia, permanece no portfólio desde 2013, enquanto o case mais conhecido é o Guiabolso, fintech de planejamento financeiro.

O negócio de equity da Mapa cresceu, totalizando R$ 3 bilhões em deals, com R$ 1,6 bilhão originados na operação das Casas Bahia, resultando em 85% de participação. A Mapa viabiliza suas operações com recursos próprios e funding de investidores institucionais.

A Mapa Capital avaliou que as Casas Bahia necessitavam de reestruturação de balanço, mantendo a gestão de Renato Franklin, CEO desde 2023. A empresa busca rentabilidade, focando em produtos com maior retorno. O conselho das Casas Bahia aumentou de cinco para sete membros, com Beda, Helmeister e Jackson Schneider, ex-CEO da Embraer Defesa e Segurança, ocupando três cadeiras.

Após a conversão, as ações da varejista recuaram 5%, mas subiram 70% para R$ 5, movimento atribuído a um short squeeze. O segundo maior deal da Mapa foi na Plascar, produtora de peças automotivas de plástico, que enfrentava problemas de balanço e gestão. Em 2019, a Mapa converteu R$ 450 milhões da dívida da Plascar, detendo 64% das ações e nomeando Paulo Silvestri como CEO.

A Mapa Capital converteu a Plascar, que possuía uma dívida de R$ 800 milhões, com o objetivo de retomar contratos através da reestruturação do balanço. Os volumes da Plascar triplicaram, mas ainda não está pronta para um re-IPO. A MRO, outra empresa controlada pela Mapa com 88% do capital, teve um crescimento de 30% no último ano, impulsionado pela atuação dos fundadores do negócio de logística.

A Mapa também possui uma participação minoritária de 3,5% na empresa de vestuário e acessórios Veste. Atualmente, a Mapa analisa outras transações, mas nada comparado à magnitude do negócio envolvendo os Controladores das Casas Bahia.

Via Brazil Journal

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.