A Nvidia anunciou um investimento de US$ 5 bilhões na Intel, com foco no desenvolvimento de chips para PCs e data centers. Essa aliança entre as gigantes da tecnologia pode definir um novo rumo na produção de componentes de alto desempenho.
Esse acordo, entretanto, pode gerar desafios para a TSMC, que atualmente fabrica os processadores da Nvidia. Caso a parceria se expanda para a fabricação de chips, a TSMC poderá perder um cliente significativo, impactando seu mercado.
O investimento da Nvidia fortalece a Intel, potencialmente intensificando a concorrência com empresas como a AMD. As ações da Intel já reagiram positivamente, e essa nova parceria pode ser um divisor de águas para o setor de tecnologia.
A Nvidia está ampliando seus horizontes com um investimento da Nvidia de US$5 bilhões na Intel, numa jogada estratégica que visa o desenvolvimento conjunto de chips para PCs e data centers. A parceria entre as gigantes da tecnologia sinaliza uma nova era na produção de componentes de alta performance.
Apesar do entusiasmo, o acordo entre Nvidia e Intel pode representar um desafio para a TSMC, empresa de Taiwan que atualmente fabrica os processadores da Nvidia. Caso a Nvidia decida estender a parceria para a produção de seus principais processadores, a TSMC pode perder um cliente importante.
A AMD, que compete diretamente com a Intel no mercado de microprocessadores para data centers, também pode sentir o impacto da aliança. O investimento da Nvidia fortalece a Intel, o que pode intensificar a concorrência no setor.
O anúncio do investimento da Nvidia gerou reações imediatas no mercado financeiro. As ações da Intel dispararam mais de 32% nas negociações pré-mercado, enquanto a Nvidia registrou um aumento de 3%. Em contrapartida, a AMD sofreu uma queda de quase 4%, e as ações da TSMC listadas nos EUA recuaram 2%.
A Nvidia, que tem se destacado no mercado de inteligência artificial, pagará US$23,28 por ação da Intel, um valor ligeiramente inferior ao fechamento anterior, mas superior ao preço pago pelo governo dos Estados Unidos por uma participação de 10% na Intel.
Após a conclusão do negócio, a Nvidia se tornará um dos maiores acionistas da Intel, com uma participação estimada em 4% ou mais. O investimento da Nvidia representa uma oportunidade para a Intel reverter um período de resultados abaixo do esperado.
O novo presidente-executivo da Intel, Lip-Bu Tan, que assumiu o cargo em março, tem como meta otimizar as operações da empresa e aumentar a capacidade de fabricação sob demanda. O acordo com a Nvidia não inclui a fabricação de chips da Nvidia pela Intel.
O investimento da Nvidia na Intel se soma a outros aportes recentes, como o investimento de US$2 bilhões da Softbank e os US$5,7 bilhões recebidos do governo dos EUA. O acordo prevê que a Intel projetará processadores de data center personalizados, que serão equipados com chips de IA da Nvidia.
A tecnologia da Nvidia permitirá que os chips da Intel e da Nvidia se comuniquem em alta velocidade, um diferencial importante no mercado de IA. Atualmente, os servidores de IA da Nvidia com esses links rápidos só estão disponíveis com os chips da própria Nvidia, mas o acordo pode mudar esse cenário.
A colaboração entre Nvidia e Intel pode representar um desafio para a AMD e para a Broadcom, que também atuam no desenvolvimento de servidores de IA. No mercado de consumo, a Nvidia fornecerá à Intel um chip gráfico personalizado para seus processadores, o que pode dar à Intel uma vantagem competitiva.
O presidente-executivo da Nvidia, Jensen Huang, afirmou que a colaboração une a IA e a computação acelerada da Nvidia com as CPUs da Intel, lançando as bases para a próxima era da computação. As empresas não divulgaram os termos financeiros da colaboração técnica, mas afirmaram que fabricarão várias gerações de produtos futuros.
Representantes da Nvidia e da Intel descreveram a colaboração como um acordo comercial no qual as empresas fornecerão chips uma à outra para a criação de novos produtos. As empresas não informaram a data de lançamento dos primeiros produtos conjuntos, mas afirmaram que os planos de produtos anteriores ao acordo não foram alterados.
Via Money Times