O aumento de capital da Oncoclínicas pode atingir R$ 1,3 bilhão, sendo a maior parte proveniente da conversão de dívidas em participação acionária. Essa medida busca reduzir o endividamento da empresa, que soma R$ 3,9 bilhões, facilitando o equilíbrio financeiro.
Entre os principais credores envolvidos estão Banco do Brasil, Itaú, Santander e BTG Pactual, enquanto grandes acionistas como Centaurus e Goldman Sachs não participam desta rodada. A gestora Latache, com quase 15% da companhia, aderiu à operação, podendo ampliar sua influência.
Além do aumento de capital, a Oncoclínicas planeja vender parte de um hospital geral em Belo Horizonte e encerrar contratos de longo prazo em imóveis. O objetivo é reforçar o foco no tratamento oncológico e otimizar a estrutura financeira da empresa.
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A Aumento de capital da Oncoclínicas alcançou R$ 1 bilhão, impulsionado pela conversão de dívidas em equity. Essa injeção de recursos visa reduzir o endividamento da empresa, com 90% desse montante proveniente de detentores de títulos de dívida, transformando debêntures em participação acionária de curto a médio prazo. A iniciativa representa um passo importante para a reestruturação financeira da companhia.
Instituições como Banco do Brasil, Itaú, Santander e BTG Pactual figuram entre os maiores detentores de dívida da Oncoclínicas. Contudo, a participação específica de cada banco na subscrição não foi divulgada. Acionistas relevantes como Centaurus e Goldman Sachs optaram por não participar desta rodada, que se estenderá até a próxima sexta-feira (14).
A gestora Latache, detentora de 14,9% do capital da empresa e com mais de R$ 300 milhões em títulos da Oncoclínicas, aderiu à subscrição de dívida. Essa movimentação pode aumentar sua relevância nos próximos meses. A participação da Latache não deverá acionar a cláusula de poison pill, que exigiria uma oferta pela totalidade da empresa caso um acionista ultrapasse 15% do capital, devido a uma exceção no estatuto da empresa para aumentos de capital precificados pela própria companhia.
O sucesso do aumento de capital da Oncoclínicas é um indicativo positivo para a empresa, que busca solucionar um endividamento de R$ 3,9 bilhões registrado no segundo trimestre. O objetivo é evitar o descumprimento de um covenant que exige alavancagem de 3,5 vezes o Ebitda no quarto trimestre, abaixo do nível atual. Com a injeção de capital, a empresa espera reduzir sua dívida para cerca de R$ 2,6 bilhões, diminuindo os riscos de infringir o covenant.
Inicialmente, a projeção era que o aumento de capital da Oncoclínicas alcançasse R$ 2 bilhões, mas essa meta foi revisada. Atualmente, a expectativa é levantar entre R$ 1,3 bilhão e R$ 1,5 bilhão até o prazo final. A avaliação é que o preço atual das ações, em torno de R$ 2, reduziu o interesse de novos investidores, já que a operação previa a subscrição de até 666.666.667 novas ações ordinárias a R$ 3,00 por ação. Essa situação tornou a conversão de dívida mais atrativa.
A Oncoclínicas planeja anunciar em breve a venda de parte de um hospital geral em Belo Horizonte. As negociações estão em fase avançada e visam uma parceria com o futuro comprador. A ideia é que a Oncoclínicas continue focada no tratamento oncológico de alta complexidade, transferindo outras áreas de atuação para o parceiro.
Adicionalmente, a Oncoclínicas busca encerrar seu envolvimento com o modelo built to suit (BTS), que envolve locações de longo prazo em imóveis construídos sob medida para o locatário. A empresa analisa formas de rescindir contratos de dois hospitais em construção sob esse modelo em Goiás e Minas Gerais.
Ao focar na reestruturação e no aumento de capital da Oncoclínicas, a empresa busca fortalecer sua posição no mercado de tratamento oncológico e otimizar suas operações financeiras.
Via InvestNews
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