Ossos faciais de 1,1 milhão de anos na Espanha iluminam a origem do ancestral humano

Ancestral humano na Espanha: Descoberta de fóssil facial de 1,1 milhão de anos! Revelações sobre a evolução na Europa. Saiba mais!
17/03/2025 às 15:07 | Atualizado há 3 meses
Ancestral humano na Espanha
Fósseis de 1,4 milhão de anos revelam ancestral do Homo erectus no oeste da Europa. (Imagem/Reprodução: Super)

Arqueólogos na Espanha fizeram uma descoberta notável: fósseis faciais com idade entre 1,1 e 1,4 milhão de anos. Os fragmentos de mandíbula e bochecha, encontrados no sítio arqueológico Sima del Elefante, revelam um ancestral humano na Espanha que se assemelha ao _Homo erectus_. A descoberta é um marco, representando os restos humanos mais antigos já encontrados na Europa Ocidental, abrindo novas perspectivas sobre a evolução humana e a ocupação do continente europeu.

Os restos fósseis, apelidados de “Pink” em homenagem à banda Pink Floyd, oferecem pistas cruciais sobre a história da evolução humana. A semelhança com o _Homo erectus_ sugere uma ligação com um ancestral menor e mais robusto que migrou da África. A descoberta desafia as teorias existentes, indicando que o _Homo erectus_ pode ter chegado à Península Ibérica muito antes do que se pensava.

A equipe de pesquisa, liderada por Rosa Huguet do Instituto Catalão de Paleontologia Humana e Evolução Social (IPHES), publicou suas descobertas na revista _Nature_. O estudo aponta que os restos humanos podem ser atribuídos ao _Homo aff. erectus_, indicando uma forte semelhança, mas com distinções que podem sinalizar uma nova espécie. A análise detalhada dos fragmentos ósseos revelou características faciais únicas, com um rosto que se projeta para frente, nariz plano e bochechas proeminentes.

O sítio de Atapuerca, onde os fósseis foram encontrados, é conhecido por suas ricas descobertas arqueológicas. Na década de 1990, a espécie _Homo antecessor_, que viveu na região há cerca de 900 mil anos, também foi descoberta lá. O novo fóssil, denominado ATE7-1, não se encaixa na espécie _antecessor_, mas compartilha características com espécies mais antigas do gênero _Homo_.

Para reconstruir o rosto a partir dos fragmentos, os pesquisadores utilizaram técnicas tradicionais, combinadas com análise 3D e modelos computadorizados. A idade dos fósseis foi estimada através da análise das camadas de sedimentos circundantes, utilizando três métodos diferentes.

A descoberta lança luz sobre uma população de hominídeos até então desconhecida na Europa. No local, foram encontrados ossos de animais com marcas de corte e ferramentas de pedra, sugerindo que esses hominídeos caçavam e processavam animais em uma floresta úmida. Os cientistas planejam continuar as escavações em Atapuerca, buscando mais fósseis que possam ajudar a descrever os companheiros de espécie de “Pink”.

Essa descoberta não só aprofunda nosso entendimento sobre os primeiros habitantes da Europa, mas também abre novas vias de pesquisa sobre a dispersão e evolução dos hominídeos. A possibilidade de encontrar mais fósseis e desvendar os segredos do “Pink” promete enriquecer ainda mais o conhecimento sobre a história da evolução humana no continente europeu.

Via Superinteressante

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.