O otimismo dos gestores brasileiros em relação ao Ibovespa tem crescido. Em setembro, 66% se mostraram otimistas, um aumento significativo em relação aos 44% de agosto. Esse aumento reflete uma confiança renovada no mercado e suas perspectivas de crescimento até 2025.
As expectativas para cortes de juros e um cenário externo favorável têm impulsionado essa melhora. Muitos acreditam que os picos de juros já foram alcançados, criando uma perspectiva positiva para o futuro próximo. Isso é especialmente importante, pois cortes pelo Federal Reserve costumam estimular investimentos em mercados emergentes como o Brasil.
Contudo, apesar do otimismo, os gestores permanecem cautelosos quanto ao cenário político para 2026. As preocupações com o ciclo eleitoral superam as incertezas econômicas, levando os investidores a focarem mais em setores defensivos e em ações com potencial, como as de bancos e utilities.
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O otimismo dos gestores brasileiros em relação ao Ibovespa até 2025 e à Bolsa de Valores tem crescido significativamente. Uma pesquisa recente do BTG Pactual revelou que 66% dos gestores se declararam otimistas em setembro, um aumento notável em comparação com os 44% registrados em agosto. Este aumento de confiança reflete uma mudança positiva no sentimento do buy-side local.
A melhoria no sentimento é impulsionada principalmente pelas expectativas de cortes nas taxas de juros e por um cenário externo que se mostra mais favorável. A percepção predominante é que os picos das taxas de juros tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil já foram alcançados, abrindo caminho para novos ciclos de cortes, previstos para começarem em setembro nos EUA e a partir de 2026 no Brasil.
No cenário global, houve uma mudança notável no foco das atenções. Em agosto, a maioria dos gestores apontava as tarifas de Donald Trump como a principal preocupação, enquanto uma menor parcela destacava os juros americanos. Atualmente, a grande maioria dos gestores considera os próximos passos do Federal Reserve como o fator mais crucial a ser observado.
Historicamente, cortes de juros pelo Federal Reserve tendem a estimular fluxos de capital para mercados emergentes, como o Brasil, o que pode impulsionar o Ibovespa. Muitos investidores locais não querem perder uma possível alta, seja motivada por cortes de juros ou fatores políticos, e permanecem fortemente alocados no momento, com apenas uma pequena porcentagem considerando reduzir suas posições.
Este otimismo se reflete nas projeções para o Ibovespa até o final de 2025, com a maioria dos entrevistados prevendo o índice entre 140 mil e 150 mil pontos. Uma parte menor acredita que o índice pode superar os 150 mil pontos. Para o câmbio, a maioria projeta o dólar entre R$ 5,30 e R$ 5,50 no encerramento do ano.
Apesar do otimismo, existe cautela, principalmente em relação às eleições de 2026. A maioria dos gestores citam o ciclo político como a principal preocupação, superando as preocupações com o tema fiscal. Essa cautela se reflete na percepção de que o Ibovespa precifica apenas uma parte da probabilidade de mudança de governo em 2026.
Essa postura se reflete no posicionamento setorial, com os gestores priorizando setores defensivos. Utilities permanecem como o setor favorito, seguido por bancos e real estate. Entre as ações preferidas, destacam-se Equatorial (EQTL3), Sabesp (SBSP3) e Itaú (ITUB4).
Considerando as dinâmicas atuais e as projeções dos gestores, o mercado financeiro brasileiro permanece em um estado de expectativa e vigilância. A combinação de fatores internos e externos, como as decisões do Federal Reserve e o cenário político nacional, moldará o desempenho do Ibovespa até 2025 e a estratégia dos investidores.
Via Money Times
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