Pague Menos registra bom desempenho no primeiro trimestre com foco em cuidados contínuos

Pague Menos apresenta balanço positivo no primeiro trimestre, reforçando sua estratégia em cuidados contínuos. Confira os detalhes.
06/05/2025 às 18:02 | Atualizado há 1 dia
Cuidados contínuos
Crescimento em receita, lucro e market share, mas margem bruta em queda. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

A Pague Menos (PGMN3) divulgou um balanço com resultados positivos em diversas áreas, impulsionados por uma estratégia focada nos cuidados contínuos. A empresa registrou um lucro líquido de R$ 13 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 23 milhões do ano anterior. A receita também apresentou um crescimento significativo, atingindo R$ 3,62 bilhões, um aumento de 17,1% em relação ao mesmo período de 2024.

De acordo com o CEO da Pague Menos, Jonas Marques, o foco em clientes que necessitam de cuidados contínuos foi determinante para esse desempenho. A estratégia envolveu investimentos em pessoal, execução, força comercial e marketing, visando atender às necessidades específicas desse público.

Os clientes que buscam cuidados contínuos geralmente consomem mais medicamentos, principalmente aqueles que exigem prescrição médica. A participação de medicamentos de marca cresceu 2,3%, representando 41,6% das vendas totais. Esse aumento demonstra que os clientes com demandas crônicas estão frequentando as lojas com mais regularidade, encontrando o atendimento e os produtos que procuram.

O CFO da Pague Menos, Luiz Novaes, destacou que a melhoria nas vendas de medicamentos para clientes de cuidados contínuos impulsionou o crescimento da margem EBITDA, que avançou 1% em relação ao ano anterior, atingindo 4,1%. No entanto, essa estratégia também impactou a margem bruta da companhia, que apresentou uma leve retração de 0,5% devido às menores margens dos medicamentos dessa categoria.

A Pague Menos também expandiu sua participação de mercado em todas as regiões do Brasil, com destaque para o Nordeste, onde obteve um crescimento de 0,8%, e o Centro-Oeste, com um aumento de 0,4%. Essa expansão demonstra a solidez da marca e a eficácia da estratégia de cuidados contínuos em diferentes mercados.

Além do desempenho nas lojas físicas, a Pague Menos também investiu no seu canal digital, que registrou um aumento de 4,2% nas vendas em relação ao ano anterior e um crescimento de 53,6% em comparação com o trimestre anterior. O canal digital representou 17,6% das vendas totais, totalizando R$ 639 milhões. A empresa implementou melhorias no aplicativo, buscando otimizar o prazo de entrega, a autorização de descontos e a velocidade de carregamento das pesquisas.

A redução da alavancagem financeira também tem sido uma prioridade para a Pague Menos. O endividamento da companhia, considerando as antecipações de recebíveis, é de 2,77 vezes o EBITDA dos últimos 12 meses, representando uma redução de 1,09 vez em relação ao primeiro trimestre de 2024. A empresa pretende continuar reduzindo esse indicador, buscando um número mais enxuto de abertura de novas lojas, com uma expectativa de cerca de 50 novas unidades.

A Pague Menos tem trabalhado para mitigar o aumento no custo de captação de recursos no Brasil, buscando renegociar contratos e rolar sua dívida. Atualmente, a empresa opera com um custo de captação equivalente à Selic +1,7%, e existem possibilidades de reduzir esse spread para 1,5% na renovação de contratos.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.