A Pague Menos (PGMN3) divulgou um balanço com resultados positivos em diversas áreas, impulsionados por uma estratégia focada nos cuidados contínuos. A empresa registrou um lucro líquido de R$ 13 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 23 milhões do ano anterior. A receita também apresentou um crescimento significativo, atingindo R$ 3,62 bilhões, um aumento de 17,1% em relação ao mesmo período de 2024.
De acordo com o CEO da Pague Menos, Jonas Marques, o foco em clientes que necessitam de cuidados contínuos foi determinante para esse desempenho. A estratégia envolveu investimentos em pessoal, execução, força comercial e marketing, visando atender às necessidades específicas desse público.
Os clientes que buscam cuidados contínuos geralmente consomem mais medicamentos, principalmente aqueles que exigem prescrição médica. A participação de medicamentos de marca cresceu 2,3%, representando 41,6% das vendas totais. Esse aumento demonstra que os clientes com demandas crônicas estão frequentando as lojas com mais regularidade, encontrando o atendimento e os produtos que procuram.
O CFO da Pague Menos, Luiz Novaes, destacou que a melhoria nas vendas de medicamentos para clientes de cuidados contínuos impulsionou o crescimento da margem EBITDA, que avançou 1% em relação ao ano anterior, atingindo 4,1%. No entanto, essa estratégia também impactou a margem bruta da companhia, que apresentou uma leve retração de 0,5% devido às menores margens dos medicamentos dessa categoria.
A Pague Menos também expandiu sua participação de mercado em todas as regiões do Brasil, com destaque para o Nordeste, onde obteve um crescimento de 0,8%, e o Centro-Oeste, com um aumento de 0,4%. Essa expansão demonstra a solidez da marca e a eficácia da estratégia de cuidados contínuos em diferentes mercados.
Além do desempenho nas lojas físicas, a Pague Menos também investiu no seu canal digital, que registrou um aumento de 4,2% nas vendas em relação ao ano anterior e um crescimento de 53,6% em comparação com o trimestre anterior. O canal digital representou 17,6% das vendas totais, totalizando R$ 639 milhões. A empresa implementou melhorias no aplicativo, buscando otimizar o prazo de entrega, a autorização de descontos e a velocidade de carregamento das pesquisas.
A redução da alavancagem financeira também tem sido uma prioridade para a Pague Menos. O endividamento da companhia, considerando as antecipações de recebíveis, é de 2,77 vezes o EBITDA dos últimos 12 meses, representando uma redução de 1,09 vez em relação ao primeiro trimestre de 2024. A empresa pretende continuar reduzindo esse indicador, buscando um número mais enxuto de abertura de novas lojas, com uma expectativa de cerca de 50 novas unidades.
A Pague Menos tem trabalhado para mitigar o aumento no custo de captação de recursos no Brasil, buscando renegociar contratos e rolar sua dívida. Atualmente, a empresa opera com um custo de captação equivalente à Selic +1,7%, e existem possibilidades de reduzir esse spread para 1,5% na renovação de contratos.
Via InfoMoney