Nesta semana, o mercado segue atento a importantes indicadores econômicos globais, mesmo com a Bolsa brasileira fechada na quinta-feira devido ao feriado da Consciência Negra.
O PIB do Japão será divulgado no domingo, em meio a debates sobre possível aumento das taxas de juros pelo Banco do Japão. No Brasil, o Banco Central libera o IBC-Br, antecipação do PIB, enquanto a China anuncia sua decisão sobre a taxa básica de juros na quarta-feira.
Esses eventos impactam estratégias de investidores e a movimentação das moedas no cenário internacional. A expectativa é de estabilidade nas taxas chinesas, enquanto no Brasil há sinais de leve crescimento econômico, mesmo com setores industriais apresentando desafios.
A semana será marcada por importantes divulgações econômicas, mesmo com o feriado da Consciência Negra que mantém a Bolsa brasileira fechada na quinta-feira (14). O mercado estará de olho no PIB do Japão, no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) do Brasil e nas decisões sobre as taxas de juros na China.
O PIB do Japão será divulgado na noite de domingo. Esse dado ganha relevância em um contexto de crescente dívida pública e discussões no Banco do Japão (BoJ) sobre a necessidade de aumentar as taxas de juros. A divulgação do PIB do Japão poderá influenciar as estratégias de investidores com posições no Brasil.
Na segunda-feira, o Banco Central do Brasil divulga o IBC-Br, considerado uma “prévia do PIB“. Já na quarta-feira, o Banco Popular da China definirá as taxas de juros, impactando o cenário econômico global. O mercado de serviços no Brasil pode impulsionar positivamente o IBC-Br, compensando as retrações no comércio varejista e na produção industrial.
A nova primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, indicou que, apesar da inflação acima da meta do Banco do Japão, ainda é cedo para afirmar que o país superou a deflação. Essa postura pode levar o BoJ a adotar uma política monetária mais restritiva, com possível aumento da taxa básica no primeiro semestre de 2026.
A elevação das taxas de juros no Japão pode coincidir com o ciclo de cortes pelo Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil. Essa combinação pode acelerar o desmonte de operações de carry trade, pressionando o real frente às principais moedas conversíveis. Modelos estatísticos apontam para uma variação marginal do IBC-Br em setembro, próxima de 0,1%.
O desempenho industrial abaixo do esperado na China não deve alterar a política monetária do país. O Banco Popular da China deve manter inalteradas as taxas de juros de um e cinco anos em outubro. A queda da taxa de desemprego e o avanço nas vendas do varejo devem adiar os planos do PBoC de ampliar a flexibilização monetária para sustentar o crescimento.
Via Money Times