Na comunidade de Paraisópolis, localizada na zona sul de São Paulo, os termômetros podem registrar até 8°C acima das temperaturas do bairro vizinho, Morumbi. Essa diferença notável foi apontada por um estudo recente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie, com informações divulgadas pelo portal *UOL*. Esse fenômeno, conhecido como ilha de calor, impacta diretamente o cotidiano dos moradores e o clima da região.
A principal causa da elevação da temperatura em Paraisópolis é a escassez de áreas verdes. A alta concentração de construções que retêm calor contribui significativamente para esse aumento, criando um microclima mais quente em comparação com áreas mais arborizadas. Além disso, o tipo de material utilizado nas construções também influencia na retenção de calor.
O impacto das ilhas de calor não se limita ao desconforto térmico. Esse fenômeno também afeta o clima local, colaborando para a formação de nuvens e o aumento da intensidade das chuvas. As altas temperaturas podem agravar a situação de pessoas com doenças crônicas, idosos e crianças, tornando-os mais vulneráveis a desidratação e choque térmico.
Para mitigar os efeitos das ilhas de calor, pesquisadores defendem a implementação de medidas como a expansão de áreas verdes e um planejamento urbano que priorize o sombreamento. A utilização de materiais que absorvam menos calor nas construções também é vista como uma solução eficaz para reduzir a temperatura em Paraisópolis e melhorar a qualidade de vida da população.
A conscientização sobre os impactos das ilhas de calor e a implementação de estratégias de adaptação são cruciais para garantir um ambiente urbano mais sustentável e resiliente. Ações coordenadas entre a comunidade, o poder público e a iniciativa privada podem transformar Paraisópolis em um local mais agradável e seguro para todos.
Via InfoMoney