O patrocínio de times brasileiros por casas de apostas tem se mostrado um mercado em expansão, contrastando com a realidade de clubes argentinos como River Plate e Boca Juniors. O River Plate, por exemplo, fechou um contrato de US$ 6 milhões anuais com a Betano, um valor consideravelmente inferior ao que é pago a diversos clubes da Série A brasileira. Essa diferença evidencia o poderio financeiro do futebol brasileiro em relação ao argentino.
Enquanto gigantes argentinos como River Plate e Boca Juniors recebem cerca de R$ 36 milhões e R$ 40 milhões, respectivamente, o Flamengo lidera no Brasil com R$ 115 milhões da Pixbet. Corinthians e Palmeiras também superam os vizinhos, faturando R$ 103 milhões e R$ 100 milhões cada um. Renê Salviano, especialista em marketing esportivo, destaca que o mercado brasileiro pode ser cinco vezes maior que o argentino, refletindo nos valores de patrocínio.
A regulamentação das apostas no Brasil impulsionou o **patrocínio de times brasileiros**, trazendo segurança jurídica e transparência. Alexandre Godoy, do Internacional, ressalta que isso valoriza os ativos de marca dos clubes. Fábio Wolff, da Wolff Sports, atribui a disparidade ao maior investimento das casas de apostas no Brasil, além de fatores como população e renda média. O Sport, mesmo recém-promovido à primeira divisão, alcançou um patrocínio histórico, aproximando-se dos valores dos grandes argentinos.
Thiago Freitas, da Roc Nation Sports, aponta que a cultura brasileira favorece as apostas esportivas, com um percentual de renda direcionada a jogos de azar superior a outros países. Nos últimos anos, a predominância de times brasileiros na Libertadores, com finais disputadas entre si, reforça o impacto financeiro e a competitividade do futebol nacional. A reestruturação dos clubes brasileiros, a transformação em SAFs e a modernização das estruturas também contribuem para atrair patrocinadores.
Via InfoMoney