Pazolini traça sua nova linha com batom e reflexões sobre anistia dos atos de 8 de janeiro

Anistia para atos de 8 de janeiro: Pazolini apoia e gera debate político. Entenda os motivos e as implicações dessa decisão para as eleições de 2026. Saiba mais!
07/04/2025 às 18:10 | Atualizado há 2 semanas
Anistia para atos de 8 de janeiro
Prefeito de Vitória muda discurso e defende anistia para réus do 8 de janeiro em nova estratégia. (Imagem/Reprodução: Es360)

O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), manifestou apoio à Anistia para atos de 8 de janeiro. A declaração ocorreu em uma publicação em sua conta oficial na véspera do ato pró-anistia, organizado por Jair Bolsonaro em São Paulo. Pazolini defende a medida como um caminho para a “pacificação” nacional. Essa posição marca uma mudança em sua conduta política, gerando especulações sobre seus planos para as eleições de 2026.

Pazolini e a defesa da Anistia para atos de 8 de janeiro

Pazolini justifica seu apoio à Anistia para atos de 8 de janeiro argumentando que as penas aplicadas aos envolvidos nos atos golpistas são desproporcionais aos crimes cometidos. Em uma nota publicada em suas redes sociais, o prefeito questiona a dosimetria das penas, sugerindo que o STF, e especificamente o ministro Alexandre de Moraes, estaria conduzindo julgamentos injustos. Ele defende que um crime de menor potencial ofensivo não deve ser punido com mais rigor do que crimes contra a vida ou corrupção.

O batom como símbolo e a busca por apoio político

A publicação de Pazolini incluía a imagem de um batom, símbolo utilizado pelos defensores da anistia, em referência à cabeleireira Débora Rodrigues Santos. Presa por pichar a estátua da Justiça em frente ao STF, Débora se tornou um ícone para o movimento. A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também utilizou um batom durante o ato em São Paulo, reforçando a simbologia.

Anistia para atos de 8 de janeiro e as eleições de 2026

A defesa da Anistia para atos de 8 de janeiro por Pazolini é vista como uma estratégia para se aproximar do eleitorado bolsonarista. Figuras proeminentes do PL no Espírito Santo, como o deputado estadual Lucas Polese e o ex-deputado federal Carlos Manato, elogiaram o posicionamento do prefeito. Manato, que firmou um acordo eleitoral com Pazolini, referiu-se a ele como “futuro governador”.

A mudança de postura de Pazolini

A manifestação de Pazolini sobre a anistia diverge de sua postura anterior. Nas eleições municipais de 2020 e 2024, o prefeito evitou temas polêmicos e nunca declarou apoio explícito a Bolsonaro. Sua atual defesa da anistia, portanto, representa uma mudança significativa em sua estratégia política, possivelmente visando as eleições para governador em 2026.

O projeto de lei da Anistia para atos de 8 de janeiro

O projeto de lei em tramitação na Câmara propõe anistia para participantes de manifestações a partir de 30 de outubro de 2022. A bancada do PL tem pressionado pela votação do projeto, que, segundo parlamentares bolsonaristas, poderia beneficiar o próprio Bolsonaro. A aprovação, no entanto, depende do Senado e da sanção presidencial, além da possibilidade de revisão pelo STF.

Uma pesquisa Quaest revelou que a maioria dos brasileiros se opõe à anistia. Enquanto 34% apoiam a soltura dos presos, 56% são contrários à medida. A aprovação do projeto, portanto, enfrenta resistência da opinião pública.

O posicionamento de Pazolini sobre a Anistia para atos de 8 de janeiro sinaliza uma nova fase em sua trajetória política. A defesa de uma causa tão cara ao bolsonarismo pode consolidá-lo como um forte candidato da direita no Espírito Santo, mas também pode gerar controvérsias e afastar eleitores de outros espectros políticos. Resta observar os desdobramentos dessa estratégia e seu impacto nas eleições de 2026.

Via ES360

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.