Pentágono planeja investir US$ 1 bilhão em minerais críticos

O Pentágono pretende investir US$ 1 bilhão em minerais críticos para fortalecer a segurança nacional. Saiba mais sobre essa estratégia.
12/10/2025 às 16:02 | Atualizado há 2 dias
Compra de minerais críticos
Aquisição fortalece os estoques dos EUA em meio a tensões comerciais com a China. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O Pentágono está se preparando para investir até US$ 1 bilhão na compra de minerais críticos. A decisão foi divulgada pelo Financial Times e busca criar uma reserva desses materiais essenciais. A iniciativa vem em resposta às novas restrições de exportação da China sobre terras raras, que são vitais para setores como tecnologia e defesa.

Este investimento também se dá após o aumento de tarifas de 100% sobre produtos chineses, anunciado por Donald Trump, que levanta preocupações sobre a dependência americana de recursos críticos. A ação do governo dos EUA está diretamente ligada ao controle de recursos estratégicos e tem como objetivo reduzir riscos associados às mudanças nas cadeias de suprimento.

Além disso, a compra inclui recursos significativos, como cobalto e tântalo, e está associada a discussões sobre sustentabilidade ambiental. O Pentágono busca garantir acesso a minerais importantes, mas isso pode gerar debates sobre as condições de extração e impactos sociais. A movimentação dos EUA poderá influenciar outras nações a adotarem estratégias semelhantes.
O Pentágono planeja impulsionar a compra de minerais críticos com um investimento de até US$ 1 bilhão. A iniciativa, divulgada pelo Financial Times, visa criar uma reserva estratégica desses materiais, conforme documentos da Agência de Logística de Defesa (DLA). Essa ação ocorre em resposta aos recentes controles de exportação impostos pela China sobre **terras raras** e outros componentes essenciais para os setores de tecnologia e defesa.

A medida do governo americano também surge após Donald Trump anunciar tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses e planos para controlar a exportação de softwares considerados cruciais. A China, líder na produção de **terras raras**, detém aproximadamente 70% da produção mundial, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Esse domínio gera preocupações geopolíticas em relação ao acesso a esses materiais estratégicos.

A compra de minerais críticos planejada pela DLA inclui investimentos significativos em cobalto (US$ 500 milhões), antimônio (US$ 245 milhões) e tântalo (US$ 100 milhões). A agência mantém um estoque diversificado de ligas metálicas, **terras raras**, minérios e metais preciosos, armazenados em depósitos nos Estados Unidos. Em 2023, esses ativos foram avaliados em US$ 1,3 bilhão, de acordo com o Financial Times.

A iniciativa de compra de minerais críticos pelo Pentágono reflete uma estratégia para assegurar o fornecimento desses materiais, considerados vitais para a segurança nacional e o desenvolvimento tecnológico. Ao criar uma reserva estratégica, os Estados Unidos buscam reduzir sua dependência de fornecedores externos e mitigar os riscos associados às restrições de exportação. A medida também visa fortalecer a indústria nacional e fomentar a inovação em setores-chave da economia.

O aumento na compra de minerais críticos, especialmente em resposta às ações da China, sinaliza uma possível escalada nas tensões comerciais e geopolíticas entre os dois países. A disputa pelo controle de recursos estratégicos, como as **terras raras**, pode intensificar a competição global e influenciar as cadeias de suprimentos em diversos setores.

As ações do Pentágono podem incentivar outros países a adotarem medidas semelhantes, buscando garantir seu acesso a minerais críticos e reduzir sua vulnerabilidade a interrupções no fornecimento. A busca por alternativas e a diversificação das fontes de matérias-primas podem se tornar prioridades para governos e empresas em todo o mundo.

Além dos impactos geopolíticos e econômicos, a compra de minerais críticos também pode gerar discussões sobre questões ambientais e sociais relacionadas à extração e ao processamento desses materiais. A intensificação da produção de **terras raras** e outros minerais pode levar a impactos ambientais negativos, como a degradação do solo, a contaminação da água e a emissão de gases de efeito estufa.

Questões sociais, como as condições de trabalho nas minas e os direitos das comunidades locais, também podem ganhar destaque. É importante que a compra de minerais críticos seja acompanhada de medidas para garantir a sustentabilidade ambiental e a responsabilidade social em toda a cadeia de produção.

A decisão do Pentágono de aumentar a compra de minerais críticos representa um movimento estratégico em um cenário global marcado por crescentes tensões comerciais e geopolíticas. A medida busca assegurar o fornecimento desses materiais essenciais para a defesa e a tecnologia, ao mesmo tempo em que levanta questões sobre sustentabilidade e responsabilidade social.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.