O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, é frequentemente descrito como “diferente” no cenário político capixaba. Mas o que o torna tão singular? Um olhar sobre seu Perfil de Lorenzo Pazolini, com base em relatos de aliados, revela um político com princípios fortes e um estilo de liderança peculiar. Acompanhe a análise do seu perfil, publicada originalmente pelo portal ES360.
Pazolini é visto como um político íntegro, com “tolerância zero” à corrupção. Sua experiência como delegado e ex-técnico do Tribunal de Contas o tornou profundo conhecedor das leis. Age dentro da legalidade, recusando qualquer “jeitinho”. Prioriza princípios republicanos, o que gera atritos com a política tradicional. Ele evita negociações diretas por cargos, delegando essa tarefa a Erick Musso, secretário de Governo e presidente estadual do Republicanos.
Essa aversão ao “varejo político” se estende às articulações partidárias. Enquanto outros políticos, como Arnaldinho Borgo e o governador Renato Casagrande, se destacam na construção de alianças, Pazolini prefere se concentrar na gestão. Demonstra desapego ao poder, o que lhe confere destemor.
Não teme desgastes políticos ao tomar decisões impopulares, como na reforma da Previdência municipal. Mantém convicções firmes, como na reabertura das escolas municipais durante a pandemia, buscando sempre respaldo técnico e jurídico. Sua frieza e calculismo em momentos de pressão o aproximam do ex-governador Paulo Hartung.
Pazolini é objetivo e resolutivo na liderança, com despachos rápidos e cobranças diretas aos secretários. Concede autonomia, mas exige atenção aos mais vulneráveis. É reservado e introspectivo, não revelando seus planos políticos, mesmo para aliados próximos. Conversa abertamente sobre política apenas com Erick Musso e Leandro Borges, subsecretário de Relações Comunitárias.
Apesar da aparente frieza, demonstra sensibilidade social, principalmente em relação a crianças, idosos e políticas para a população de baixa renda. Valoriza o contato com as pessoas nas ruas e a escuta das lideranças comunitárias. Aliados o descrevem como “homem bom” e “generoso”, comparando-o a Casagrande na preocupação social.
Pazolini destaca-se pela disciplina e foco, sendo comparado a “uma onça-pintada na caçada”. Honra sua palavra e não volta atrás em compromissos. Resta saber se confirmará sua candidatura a governador, algo que seu partido deseja e que, segundo especulações, ele também almeja.
Apesar dos elogios de aliados, é importante lembrar de episódios controversos, como as acusações ao governador e o incidente com a ex-vice-prefeita. Sua postura com a oposição e o uso das redes sociais para autopromoção também são pontos questionáveis. Contudo, desde 2023, Pazolini demonstra mais equilíbrio, segundo ele próprio, por ter amadurecido.
Via ES360
