O segundo mandato de Donald Trump trouxe um impacto inicial positivo nos mercados emergentes, semelhante ao seu primeiro período. Contudo, há preocupações sobre como as tarifas e a política fiscal podem afetar os lucros das empresas. O índice MSCI dos mercados emergentes apresentou crescimento de janeiro a agosto, mas esse desempenho não é garantido no futuro.
Apesar do otimismo inicial, empresas em países em desenvolvimento enfrentam dificuldades. Neste período, US$ 4,3 trilhões foram adicionados ao patrimônio de investidores, mas muitos não estão conseguindo atingir as estimativas de lucro. A administração Trump tem contribuído para o contraste entre o desempenho do mercado de ações e os lucros das empresas, levando a uma visão cautelosa em relação aos investimentos.
As políticas tarifárias de Trump têm gerado impacto negativo em setores como exportação, especialmente no Brasil e na Coreia do Sul. Relatos recentes mostram que grandes empresas falharam em cumprir suas metas de lucro, o que acende um sinal de alerta para investidores. Essa análise evidencia as oportunidades e perigos presentes nos mercados emergentes, crucial para a tomada de decisões seguras.
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O segundo mandato de Donald Trump demonstra um impacto inicial positivo nos Rali de emergentes com Trump, semelhante ao seu primeiro período de governo. No entanto, essa trajetória ascendente pode enfrentar desafios, uma vez que as políticas comerciais e fiscais começam a influenciar os lucros das empresas.
O índice MSCI Emerging Markets apresentou um crescimento constante de janeiro a agosto deste ano. Esse padrão de desempenho, marcando o início do segundo mandato de Trump, só foi observado em duas outras ocasiões: em 2017, durante seu primeiro ano de mandato, e em 1993, sob a administração de Bill Clinton.
O otimismo inicial pode obscurecer desafios enfrentados por empresas em países em desenvolvimento. Apesar de um aumento de US$ 4,3 trilhões no patrimônio de investidores em mercados emergentes, as empresas lutam para alcançar as projeções de lucro para 2025, ficando aquém das expectativas pelo 13º trimestre consecutivo, com perspectivas de declínio contínuo.
As políticas de Trump têm um papel importante nas tendências contrastantes entre o desempenho do mercado de ações e os lucros corporativos. Suas tarifas e políticas fiscais expansionistas reduziram a atratividade do dólar americano como um porto seguro, impulsionando a procura por ativos alternativos.
Restrições tecnológicas e barreiras comerciais também impactaram negativamente o crescimento de receitas e lucros em países como Coreia do Sul e Brasil. Diante desse cenário, analistas expressam cautela em relação às ações de mercados emergentes devido aos riscos tarifários que afetam o sentimento do mercado.
Estimativas de lucro por ação para 2025 refletem preocupações sobre pressões tarifárias no segundo semestre, revertendo uma breve tendência de alta. No início do ano, gestores de fundos de mercados emergentes antecipavam um dólar mais forte devido às tarifas de Trump, o que poderia atrasar o afrouxamento monetário nos EUA e aumentar a demanda pela moeda americana. Essa expectativa resultou em uma visão pessimista para ações de países em desenvolvimento, que geralmente têm um desempenho inferior quando o dólar se fortalece.
As políticas de Trump levaram investidores globais a diversificar seus portfólios, resultando em saídas de recursos dos EUA e consequente enfraquecimento do dólar. Mercados emergentes se beneficiaram desse movimento, com investidores demonstrando interesse em empresas de inteligência artificial na Ásia, mineradoras na África e histórias de recuperação em mercados de fronteira.
O impacto positivo da administração Trump nos mercados emergentes ocorreu através da desvalorização do dólar americano. Paradoxalmente, o receio de enfraquecimento dos freios e contrapesos nos EUA impulsionou o fluxo de capital para os mercados emergentes, uma classe de ativos associada a essa questão.
Apesar da impressão de resiliência dos mercados emergentes a interrupções comerciais, os fundamentos corporativos revelam um quadro diferente. Quase metade das empresas do índice MSCI EM não atingiu as expectativas de lucro, com perdas médias 8% abaixo das estimativas. Setores de exportação, como commodities e industriais, foram os mais afetados.
Relatórios de lucros apontam as políticas de Trump como um fator determinante para o desempenho insatisfatório. A unidade de chips da Samsung Electronics Co. reportou um lucro operacional trimestral 85% abaixo das estimativas, atribuindo o resultado aos altos custos de estoque de chips de IA não vendidos devido aos controles de exportação dos EUA.
Após a imposição de uma tarifa de 50% sobre as exportações indianas por Trump, as ações do país se tornaram menos atrativas para os investidores, de acordo com a Nomura Holdings Inc. Uma pesquisa do Bank of America Corp. revelou que a quinta maior economia do mundo passou da preferência dos gestores de fundos na Ásia para a menos desejada em apenas três meses.
A Tata Motors Ltd., controladora da Jaguar Land Rover, reportou uma queda de 63% no lucro líquido, atribuindo o resultado às tarifas dos EUA, que geraram um custo adicional de US$ 341 milhões. Analistas começaram a reduzir suas projeções de lucros para os próximos 12 meses, com as projeções médias para o índice MSCI EM caindo cerca de 1% nas últimas oito semanas.
Ainda assim, os lucros precisam crescer 11,4% nos próximos 12 meses para atingir as estimativas atuais. As tarifas de Trump não são a única ameaça aos lucros corporativos, já que a guerra de preços afeta empresas de consumo chinesas e a queda nos preços do petróleo prejudica produtores do Oriente Médio.
Empresas aceleraram suas exportações para os EUA antes dos prazos das tarifas. Esse cenário, segundo Dinic, do Julius Baer, indica que o perfil de risco tende a se inclinar mais para o lado negativo ao longo do ano.
Essa análise considera o impacto das políticas de Donald Trump nos mercados emergentes, destacando tanto os benefícios iniciais quanto os desafios futuros. Ao acompanhar de perto esses indicadores e eventos, investidores podem obter *insights* valiosos para a tomada de decisões.
Via InfoMoney
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