O Bank of America (BofA) enxerga oportunidades promissoras para o ingresso de empresas brasileiras de tecnologia no mercado de IPOs nos Estados Unidos. Este otimismo é alimentado pela movimentação positiva do mercado americano e pelo crescente apetite de investidores internacionais pelo Brasil. No entanto, a realidade do mercado interno apresenta desafios que podem impactar essa tendência.
Estimativas apontam que pelo menos cinco empresas brasileiras estão se preparando para realizar seus IPOs em solo americano até 2026. Os investidores, focados em empresas com grande potencial de crescimento, preferem aquelas que operam em nichos com baixa penetração no mercado. O cenário no EUA se mostra bastante favorável, caracterizado por um volume intenso de operações, especialmente no último trimestre deste ano.
Hans Lin, do BofA, ressalta que o valuation ideal para esses IPOs deve girar entre 400 e 500 milhões de dólares. IPOs com valuations inferiores têm enfrentado desafios de liquidez. O sucesso dos IPOs no Brasil também será influenciado por diversos fatores, como a estabilidade econômica e as decisões políticas, que podem criar um ambiente favorável para o aumento de novas emissões.
O Bank of America (BofA) vislumbra um cenário promissor para as empresas brasileiras de tecnologia que desejam realizar IPOs de techs nos Estados Unidos. Este otimismo se baseia no bom momento do mercado americano e no crescente interesse de investidores internacionais no Brasil. Contudo, a situação no mercado brasileiro é diferente, com a retomada dos IPOs dependendo de uma série de fatores alinhados.
Segundo o BofA, cerca de cinco empresas brasileiras já estão se preparando para lançar seus IPOs nos EUA em 2026. Investidores estrangeiros mostram preferência por negócios com alto crescimento no Brasil e que atuam em setores com baixa penetração. O mercado americano, por sua vez, está extremamente ativo, registrando no terceiro trimestre o período mais forte desde 2021.
Hans Lin, co-head de investment banking do BofA, destaca que o valuation mínimo ideal para esses IPOs seria entre US$ 400 milhões e US$ 500 milhões, garantindo a liquidez necessária. Lin recorda que IPOs com valuation entre US$ 100 milhões e US$ 150 milhões, realizados nos últimos anos, perderam liquidez e visibilidade após a queda das ações.
Investidores buscam agora negócios que assegurem liquidez, mesmo em momentos de baixa do mercado. A respeito da bolsa brasileira, Lin pondera que a abertura de uma janela para IPOs no próximo ano dependerá do fluxo externo de recursos, da redução das taxas de juros e do impacto dessa redução no fluxo da renda fixa para a variável.
O resultado das eleições também será crucial, pois a vitória de um candidato que agrade ao mercado financeiro pode impulsionar os IPOs. O cenário base do BofA para 2026 é semelhante ao deste ano: muitos block trades, alguns follow-ons, mas nenhum novo IPO. Atualmente, o foco do investment banking está na estruturação de dívida (DCM), devido aos juros altos e à procura dos investidores por maior yield no mercado internacional.
Caio de Luca Simões, head de DCM do BofA, informa que empresas brasileiras já emitiram mais de US$ 30 bilhões em dívida no mercado internacional este ano. A expectativa é que, até dezembro, esse valor aumente em mais US$ 10 bilhões. A queda do CDS brasileiro e as baixas taxas do Treasury criam um ambiente perfeito para novas emissões.
Simões ainda menciona que os fundos de crédito focados em mercados emergentes receberam inflows de US$ 24 bilhões este ano, concentrados nos últimos meses. Esses fundos estão capitalizados e buscam aproveitar as condições favoráveis.
Até o momento, o BofA não observou impactos significativos nas novas emissões decorrentes dos eventos de crédito envolvendo Ambipar e Braskem. Apesar disso, o banco segue otimista quanto ao aquecimento contínuo do mercado.
No mercado de M&A, o BofA antevê um aumento dos fechamentos de capital, impulsionados pela taxação de dividendos. Para empresas com subsidiárias no Brasil que recebem dividendos relevantes, uma alternativa seria adquirir as participações minoritárias para manter o mesmo volume de recebimentos, conforme explica Diogo de Aragão, head da área.
Via Brazil Journal