Perspectivas para a próxima decisão do Banco Central, segundo XP e Santander

Especialistas indicam que o Banco Central deve manter a Selic em 15% até 2025, com cortes só a partir de 2026.
09/12/2025 às 16:01 | Atualizado há 2 semanas
               
Especialistas indicam Selic estável mesmo com inflação desacelerando. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Especialistas da XP e Santander avaliam que o Banco Central deve manter a taxa Selic em 15% ao ano até o fim de 2025, diante da desaceleração gradual da inflação e da cautela dos membros do Copom.

O início dos cortes nos juros é esperado para março de 2026, com redução gradual da Selic, mas fatores como inflação persistente e cenário político geram incertezas no mercado.

A decisão final do Banco Central depende da evolução dos dados econômicos e do cenário político pós-eleitoral, além de riscos externos como a política monetária dos EUA.

Especialistas da XP e Santander discutiram as perspectivas para a política monetária brasileira na última reunião com clientes institucionais. A expectativa é que o Banco Central mantenha a taxa Selic em 15% ao ano até o fim de 2025, indicando uma postura cautelosa diante da desaceleração gradual da inflação.

Desde junho, o Banco Central vem sinalizando que a Selic ficará elevada por um “período bastante prolongado”. Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) preferem aguardar a evolução dos dados econômicos antes de realizar qualquer ajuste. Esse posicionamento mantém a atenção do mercado para a decisão final do ano.

Embora a inflação esteja mais controlada e a atividade econômica apresente desaceleração, o início do ciclo de cortes nos juros ainda gera dúvidas. A maioria dos especialistas projeta o primeiro corte para março de 2026, com recuo de 0,50 ponto percentual na Selic, mas janeiro não está totalmente descartado.

Fatores como inflação persistente acima da meta, mercado de trabalho aquecido e o impacto do período eleitoral de 2026 promovem cautela. A saída de membros mais conservadores do Banco Central adiciona ainda mais incertezas.

O cenário político pós-eleitoral será decisivo para a extensão dos cortes, que podem variar entre 2,00 e 3,00 pontos percentuais. Além disso, o movimento do Federal Reserve, banco central dos EUA, e o mercado de crédito ligado à inteligência artificial são riscos externos que podem influenciar as decisões do Copom.

A XP projeta uma série de seis cortes consecutivos, começando março de 2026 até a Selic atingir 12% ao ano.

Via InfoMoney

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