A Petrobras está aguardando a autorização do Ibama para iniciar os trabalhos pré-operacionais na Foz do Amazonas. Essa etapa é fundamental para a exploração de petróleo em águas ultraprofundas no litoral do Amapá.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a área de exploração está a 540 quilômetros da Ilha de Marajó. Ela ressaltou que a experiência da empresa em regiões semelhantes minimiza as preocupações em relação aos impactos ambientais dessa atividade.
Após o exercício que deve durar de três a quatro dias, o Ibama analisará os dados coletados. A exploração na Foz do Amazonas é crucial para a longevidade da matriz energética brasileira, complementando a produção do pré-sal.
A **Licença pré-operacional Foz Amazonas** está mais perto de se tornar realidade. A Petrobras aguarda a autorização do Ibama para iniciar os exercícios pré-operacionais, etapa crucial para a obtenção da licença de perfuração na bacia da Foz do Amazonas, localizada no litoral do Amapá. A expectativa, conforme a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, é que essa fase seja concluída em breve, abrindo caminho para a exploração em águas ultraprofundas.
Segundo Chambriard, a área em questão está situada a 540 quilômetros da Ilha de Marajó e a 185 quilômetros do Oiapoque, em águas com mais de 2 mil metros de profundidade. A executiva enfatiza que a exploração nessas áreas ultraprofundas é similar ao que já é feito em outras regiões, minimizando as preocupações ambientais. A previsão é que o projeto avance na próxima semana, com a autorização para o exercício pré-operacional.
Após a realização do exercício pré-operacional, que deve durar cerca de três a quatro dias, o Ibama analisará os dados coletados. Caso não haja nenhuma demanda adicional, a Petrobras estará próxima de obter a licença para iniciar a perfuração. Chambriard destacou, em entrevista, a importância da exploração na Foz do Amazonas para o futuro da Petrobras e da matriz energética nacional.
Os estudos da Petrobras indicam que a produção do pré-sal deve atingir seu pico entre 2030 e 2032, tornando necessário o desenvolvimento de novas reservas para manter a produção e a relevância energética do Brasil nas próximas décadas. A exploração na margem equatorial surge como um complemento natural ao pré-sal, garantindo a sustentabilidade da produção de energia no país.
Embora a exploração na Foz do Amazonas apresente riscos, inerentes às atividades em águas profundas, Chambriard ressalta que o potencial de retorno é decisivo para o Brasil. A geologia da margem equatorial é semelhante à de áreas já exploradas com sucesso, o que aumenta a confiança na viabilidade do projeto. A Petrobras também acompanha descobertas de outras empresas, como a da britânica BP no pré-sal brasileiro, que podem indicar o potencial da região.
A presidente da Petrobras argumenta que a exploração no Amapá não contradiz os esforços da empresa em energia renovável, mas sim faz parte de uma estratégia de transição com adição energética. Chambriard defende que, embora os combustíveis fósseis devam perder espaço no futuro, eles ainda serão relevantes nas próximas décadas. A Petrobras continua investindo em etanol, biodiesel, eólica e solar, equilibrando a exploração de novas fronteiras com a diversificação da matriz energética.
Na visão da presidente, aumentar a produção de energia é fundamental para elevar o índice de desenvolvimento humano no Brasil. Países com maior consumo de energia geralmente apresentam melhores níveis de qualidade de vida. Para Chambriard, o Brasil precisa ampliar sua geração energética em todas as frentes, e a margem equatorial é parte importante dessa equação.
Acompanhe as próximas notícias para saber quando a Licença pré-operacional Foz Amazonas será emitida.
Via Exame