A Petrobras informou que não possui caixa excedente para distribuir dividendos extraordinários, conforme declaração do diretor financeiro Fernando Melgarejo. A análise do fluxo de caixa recente mostrou que a companhia está em equilíbrio, mas sem recursos extras para pagamentos além do previsto.
O cenário financeiro inclui aumento da dívida líquida e pressão dos preços do petróleo, apesar do crescimento da produção. A empresa mantém um limite rígido para endividamento e reforça sua política de dividendos conservadora, visando sustentabilidade.
O Conselho aprovou dividendos intercalares de R$ 12,16 bilhões, refletindo resultados positivos, mas reforça a prioridade em proteger a saúde financeira da companhia para garantir investimentos futuros em um mercado instável.
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A possibilidade de Dividendos da Petrobras extraordinários foi tema de coletiva de imprensa nesta sexta-feira (7), na qual Fernando Melgarejo, diretor financeiro da Petrobras (PETR4), declarou que a companhia não dispõe de caixa excedente para tal distribuição. A decisão considera uma análise cautelosa do fluxo de caixa e dos resultados financeiros recentes da empresa.
Segundo Melgarejo, a premissa fundamental para o pagamento de dividendos adicionais é a existência de caixa e resultados consistentes. Ele explicou que a performance do trimestre em questão apenas equilibrou a diminuição do Brent em relação ao ano anterior, indicando que não há recursos excedentes para uma distribuição extraordinária, tornando essa possibilidade bastante remota.
A Petrobras enfrenta um cenário que combina maiores investimentos com a pressão dos preços do petróleo, mesmo com o aumento da produção. No terceiro trimestre, a dívida líquida da empresa cresceu 33,5%, atingindo US$ 59 bilhões, enquanto os preços do petróleo registraram uma queda de 13,9%. A administração da Petrobras mantém o teto de endividamento em US$ 75 bilhões.
Durante a teleconferência de resultados, Melgarejo ressaltou que, apesar de terem alcançado quase US$ 71 bilhões neste trimestre com um caixa robusto, não há intenção de modificar a política de dividendos nem de alterar o limite de endividamento. Essa postura se alinha com o plano estratégico que será divulgado em 27 de novembro.
Em contrapartida, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou o pagamento de dividendos intercalares, totalizando R$ 12,16 bilhões, o que corresponde a R$ 0,94 por ação ordinária e preferencial. No terceiro trimestre de 2025, a estatal apresentou um lucro líquido de US$ 6 bilhões, um aumento de 2,7%. Esses números refletem um desempenho financeiro positivo, apesar dos desafios enfrentados pela companhia.
A decisão da Petrobras de não distribuir dividendos extraordinários está alinhada com uma gestão financeira prudente, visando a sustentabilidade e o crescimento da empresa em um mercado volátil. A prioridade é manter a saúde financeira da companhia e assegurar o cumprimento de suas obrigações, sem comprometer a capacidade de investimento em projetos futuros. A estratégia da empresa considera o cenário econômico global e as perspectivas para o setor de petróleo e gás, buscando equilibrar os interesses dos acionistas com a solidez financeira da Petrobras.
Via Money Times
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