PF realiza buscas contra senador Weverton Rocha e prende número 2 da Previdência em operação contra fraude no INSS

PF cumpre mandados contra senador Weverton Rocha e prende segundo da Previdência por esquema de fraude no INSS.
18/12/2025 às 09:21 | Atualizado há 4 dias
               
Polícia Federal realiza quinta fase da Operação Sem Desconto com prisões e buscas. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

A Polícia Federal deflagrou a quinta fase da Operação Sem Desconto, cumprindo mandados de prisão e busca contra envolvidos em esquema de fraudes no INSS. Um dos alvos é o senador Weverton Rocha (PDT-MA), com buscas em sua residência, e a prisão do segundo na hierarquia do Ministério da Previdência, Adroaldo Portal.

A ação mira uma organização criminosa suspeita de desviar recursos por meio de descontos indevidos em benefícios de aposentados. A investigação também envolve outros presos ligados a movimentações financeiras ilícitas e propinas, autorizada pelo ministro do STF André Mendonça.

A Polícia Federal lançou a quinta fase da Operação Sem Desconto nesta quinta-feira (18), cumprindo 16 mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão. Um dos principais focos da ação é o senador Weverton Rocha (PDT-MA), investigado por negócios com suspeitos envolvidos em desvios no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). A PF realizou buscas na residência do político, sem mandados no Congresso Nacional.

Além do senador, teve a execução de prisão domiciliar e afastamento do segundo na hierarquia do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal, ex-assessor de Weverton e ligado ao PDT. Outro preso é Romeu Carvalho Antunes, sócio do empresário Antônio Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, que está detido desde setembro. Romeu tinha autorização para movimentar contas de empresas suspeitas de fraudes em aposentadorias.

O advogado Éric Fidelis, ligado ao ex-diretor do INSS André Fidelis, também foi alvo de prisão preventiva. A suspeita é de que seu escritório intermediou pagamento de propinas do Careca do INSS, com movimentação financeira aproximada de R$ 12 milhões, investigada pela CPI do INSS.

A operação, autorizada pelo ministro do STF André Mendonça, atua em diversos estados, incluindo Distrito Federal, São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão. Os crimes investigados envolvem organização criminosa, estelionato previdenciário, inserção de dados falsos em sistemas oficiais e dilapidação patrimonial.

O foco da Operação Sem Desconto está na apuração de um esquema que descontava valores indevidos de aposentados sem consentimento, alimentando associações que, supostamente, desviavam recursos para líderes e suspeitos do esquema.

Via Money Times

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