P&G anuncia demissões de 7.000 funcionários no Brasil

A P&G confirma a demissão de 7.000 colaboradores devido à instabilidade tarifária. Entenda os impactos dessas mudanças.
05/06/2025 às 10:32 | Atualizado há 2 meses
Demitir 7.000 em meio
Reestruturação busca adaptação em meio à pressão nos gastos dos consumidores. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Em um cenário global de crescentes incertezas econômicas, a Procter & Gamble (P&G) anunciou um plano de reestruturação que inclui a decisão de Demitir 7.000 em meio a um ambiente de demanda volátil e custos elevados. A medida, que impactará aproximadamente 6% da força de trabalho da empresa nos próximos dois anos, faz parte de uma estratégia para otimizar as operações e enfrentar os desafios impostos pela guerra comercial e pela pressão inflacionária.

A reestruturação da P&G, gigante do setor de bens de consumo, envolve também a descontinuação de algumas categorias de produtos e marcas em mercados específicos. Executivos da empresa mencionaram, durante uma conferência do Deutsche Bank em Paris, que o plano pode incluir desinvestimentos, visando ajustar a cadeia de suprimentos para reduzir custos e otimizar a estrutura organizacional. A expectativa é que essa medida simplifique as operações, ampliando as funções e reduzindo o tamanho das equipes.

Diante de um mercado onde se espera que os gastos dos consumidores permaneçam sob pressão, a P&G, assim como outros fabricantes globais como a Unilever, busca se adaptar a um novo impacto na demanda, influenciado pela inflação. A guerra comercial, marcada pelas tarifas de importação anunciadas pelo governo dos Estados Unidos, também tem gerado temores de recessão, afetando diretamente empresas que, como a P&G, importam matérias-primas e produtos da China para o mercado americano.

A P&G empregava cerca de 108 mil funcionários até 30 de junho de 2024, e os cortes de empregos previstos representam cerca de 15% de sua força de trabalho não industrial. A empresa acredita que a reestruturação ajudará a enfrentar o ambiente competitivo desafiador, acelerando a estratégia atual e ajustando a cadeia de suprimentos para reduzir custos operacionais. A análise da Reuters aponta que a guerra comercial já custou às empresas mais de US$34 bilhões em vendas perdidas e custos adicionais, um montante que tende a crescer.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.