A PGR (Procuradoria-Geral da República) solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) a Condenação Carla Zambelli
. A deputada é acusada de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. O hacker Walter Delgatti Neto também é alvo do pedido de condenação. A Procuradoria afirma ter provas de que Zambelli orquestrou a invasão dos sistemas do Judiciário e redigiu um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes.
Em janeiro de 2023, sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) foram invadidos. Documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra Moraes, foram inseridos no sistema. A PGR alega que Zambelli contratou Delgatti e pagou-lhe R$ 13,5 mil através de intermediários. Arquivos idênticos do mandado falso foram encontrados nos celulares de ambos.
Em agosto de 2023, Delgatti foi preso e Zambelli foi alvo de busca e apreensão. A Procuradoria argumenta que os crimes foram graves. Eles visavam desacreditar a Justiça. A defesa de Zambelli nega as acusações. O advogado Daniel Bialski afirma que não há provas do envolvimento da deputada.
O ministro Alexandre de Moraes relatou a ação na Primeira Turma do STF. A denúncia foi aceita por unanimidade em maio de 2024. Moraes afirmou que a PGR apresentou elementos suficientes para a abertura da ação penal. A ministra Cármen Lúcia expressou preocupação com o uso de inteligência artificial e a “desinteligência natural” em atos criminosos.
A defesa de Zambelli confia na inocência da deputada e acredita que isso será comprovado. Delgatti confessou a invasão. Ele alegou ter sido contratado por Zambelli para expor vulnerabilidades do sistema judiciário. Seu advogado, Ariovaldo Moreira, disse que a confissão de Delgatti reforça a acusação contra Zambelli.
O caso segue em andamento no STF. As alegações finais da PGR representam um passo importante para a possível condenação de Zambelli e Delgatti. Aguarda-se agora a decisão da Primeira Turma do STF sobre o caso.
Via Folha de S.Paulo