O procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou-se favorável à Devolução de bens STF apreendidos, além do encerramento das medidas cautelares impostas ao advogado Amauri Feres Saad e ao ex-assessor da Presidência, Tércio Arnaud Tomaz. A palavra final sobre a liberação dos bens e documentos, contudo, reside no ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é o relator do caso.
Saad e Tomaz foram inicialmente indiciados pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado. Apesar do indiciamento, seus nomes não foram incluídos na denúncia formal apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo o entendimento de Gonet, os materiais que foram apreendidos já passaram por todas as perícias e análises necessárias. O procurador-geral da República (PGR) também entende que, neste momento, esses itens não representam mais um interesse para o prosseguimento da investigação.
A solicitação formal para que os bens e passaportes fossem devolvidos, bem como o cancelamento das medidas cautelares, partiu das defesas dos dois investigados. Desde janeiro do ano anterior, ambos estão sujeitos à proibição de manter contato com outros envolvidos na investigação e de sair do país. Em razão dessas restrições, seus passaportes foram retidos pelas autoridades.
Amauri Feres Saad foi apontado no relatório da PF como um dos responsáveis pela elaboração da chamada *minuta golpista*. A investigação sugere que ele, em colaboração com Filipe Martins, que é um ex-assessor da Presidência, e o padre José Eduardo de Oliveira, teria redigido o documento.
Tércio Arnaud Tomaz, por sua vez, foi acusado de integrar o chamado “gabinete do ódio”. Sua função, de acordo com as acusações, era editar e disseminar vídeos que questionavam a integridade das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro. A PF também aponta que Tomaz teria enviado esses vídeos para o tenente-coronel Mauro Cid, que atuava como ajudante de ordens da Presidência.
Além de Saad e Arnaud, outras oito pessoas que haviam sido indiciadas pela PF não foram denunciadas pela PGR. Entre esses nomes está o de Valdemar Costa Neto, que é o presidente nacional do PL.