Poseidon: o drone nuclear da Rússia que pode provocar tsunamis

Conheça o Poseidon, a superarma nuclear da Rússia que promete causar devastação.
30/10/2025 às 14:23 | Atualizado há 4 dias
               
Arma nuclear da Rússia
Teste de míssil russo surge após anúncio de nova arma nuclear por Putin. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Na última quarta-feira (29), o presidente russo Vladimir Putin anunciou o teste bem-sucedido do Poseidon, um drone subaquático com energia nuclear. Este veículo, classificado como superarma, representa um avanço significativo no arsenal bélico da Rússia e visa desestabilizar o Ocidente.

Revelado em 2018, o Poseidon é projetado para viajar a grandes profundidades e velocidades, com potencial de causar tsunamis devastadores em áreas costeiras. Durante seu discurso, Putin destacou que essa tecnologia é única e que não há nada igual no mundo, reforçando suas alegações sobre a invencibilidade do drone contra defesas.

O protocolo de lançamento do Poseidon foi mantido em sigilo, mas acredita-se que a arma seja um componente importante em uma série de novos desenvolvimentos militares russos. Em meio a tensões políticas com os EUA e a guerra na Ucrânia, a descrição do Poseidon por Putin como uma mensagem de dissuasão ressalta as preocupações globais sobre a escalada do poder militar e nuclear da Rússia.
Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou na última quarta-feira (29) que a Rússia testou com sucesso um drone movido a energia nuclear, classificado como uma superarma. O anúncio veio dias após a divulgação do teste de um míssil com capacidade nuclear, demonstrando o avanço bélico do país.

O **Poseidon**, um drone subaquático não tripulado, é um dos mais recentes projetos russos de mísseis com capacidade nuclear. Revelado por Putin em 2018, ele serve como uma mensagem de dissuasão para o Ocidente. O presidente russo confirmou que o teste do Poseidon ocorreu na terça-feira (28).

Segundo Putin, não há nada igual no mundo em termos de velocidade e profundidade de movimento deste veículo não tripulado, ressaltando que seria improvável que algo parecido venha a existir. Ele também mencionou a ausência de meios para interceptá-lo.

O presidente não especificou o local de lançamento do Poseidon nem a distância percorrida, apenas mencionando que ele viajou por um certo tempo. O Poseidon integra um conjunto de seis projetos russos de armas nucleares, classificados como superarmas, apresentados antes da invasão da Ucrânia como uma possível barganha em negociações de desarmamento com os Estados Unidos.

Acredita-se que o drone subaquático consiga viajar a 100 nós (aproximadamente 185 km/h). Ele foi projetado para evitar defesas e provocar um tsunami de magnitude suficiente para devastar uma cidade costeira. Especialistas chegaram a duvidar da existência da arma, desde sua primeira aparição em 2015 na televisão estatal russa durante uma reunião entre Putin e generais russos.

No domingo anterior, Putin já havia anunciado o teste bem-sucedido do míssil Burevestnik, também com capacidade nuclear, e a preparação para sua implantação. Na quarta-feira, acrescentou que o míssil possui vantagens incomparáveis e que seu reator nuclear levaria apenas minutos ou segundos para ser ativado.

O anúncio surgiu dias após o cancelamento de uma cúpula entre o então presidente Donald Trump e Putin, em meio a um possível colapso nas negociações para um cessar-fogo na guerra da Ucrânia. Trump criticou o presidente russo na segunda-feira, considerando o teste de um míssil movido a energia nuclear como inapropriado e instando o Kremlin a focar em negociações de paz. Putin não comentou diretamente as observações de Trump na quarta-feira.

Putin também mencionou que outra superarma russa, o míssil intercontinental Sarmat, em breve estará em serviço de combate. Contudo, a funcionalidade do Sarmat permanece incerta. Imagens de satélite de um local de lançamento no noroeste da Rússia indicaram que a arma falhou na decolagem e explodiu em seu silo, deixando uma grande cratera.

Dmitri Trenin, analista político russo conhecido por transmitir as opiniões do Kremlin, afirmou em um artigo para o jornal Kommersant que o Kremlin não conseguiu explicar sua visão da guerra ao governo Trump e que uma operação diplomática especial para conquistar o presidente dos EUA estava praticamente encerrada.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.