A proximidade da COP30 traz à tona a mobilização dos povos indígenas. Em Belém, essas comunidades se uniram para exigir atenção às suas questões nas negociações climáticas. As ameaças aos seus territórios e a urgência de ações contra a crise climática motivam essa articulação.
A presença dos povos indígenas na COP30 é essencial, pois eles preservam grande parte da floresta amazônica. Janete Alves, do povo Desana, enfatiza a importância de suas vozes nas decisões climáticas. O objetivo é unir forças em níveis locais e internacionais para proteger seus direitos e influenciar a pauta ambiental.
A luta contra a destruição de suas terras é crescente, com a pressão de atividades ilegais aumentando. Dados mostram que a vegetação nativa em áreas indígenas é muito menos afetada do que em propriedades privadas. Essa resistência destaca o valor que as comunidades indígenas trazem para a conservação ambiental.
À medida que a **COP30** se aproxima, a voz dos povos indígenas na COP30 ganha força. Com a cúpula do clima da ONU prestes a acontecer em Belém, essas comunidades se unem para garantir que suas demandas sejam ouvidas em meio às negociações globais. As ameaças aos seus territórios, somadas à urgência climática, impulsionam essa mobilização.
A participação ativa dos **povos indígenas na COP30** é crucial, considerando que seus territórios preservam a maior parte da floresta amazônica. Janete Alves, líder do povo Desana, enfatiza que a floresta só existe graças aos povos indígenas. A organização em níveis regional, nacional e internacional visa levar uma posição unificada à cúpula, buscando influenciar as decisões globais sobre o clima.
Após um ano marcado por secas severas e incêndios, os povos originários enfrentam pressões crescentes sobre suas terras, impulsionadas por interesses econômicos. A importância de seu papel na manutenção das florestas em pé é constantemente reiterada. A participação dos **povos indígenas na COP30** não pode ser apenas simbólica; suas propostas devem ser consideradas nas decisões sobre o clima.
Dados da plataforma MapBiomas revelam que a destruição da vegetação nativa em territórios indígenas é significativamente menor do que em áreas privadas. Entre 1985 e 2023, apenas 1,2% da vegetação nativa foi destruída em territórios indígenas, em comparação com 19,9% em áreas privadas.
Apesar desses esforços, os povos originários enfrentam ameaças constantes de garimpeiros ilegais, madeireiros e narcotraficantes, que avançam sobre seus territórios. A falta de regularização de muitos territórios indígenas agrava os conflitos por terras. De acordo com dados oficiais, dos 632 territórios indígenas no Brasil, apenas 464 estão homologados e regularizados.
No âmbito legislativo, projetos de lei que visam abrir as terras indígenas à mineração, exploração de gás e obras de infraestrutura representam uma pressão adicional. A líder Janete Alves lembra os exemplos devastadores, como o do povo yanomami, cujo território foi envenenado pelo mercúrio da mineração ilegal, causando doenças, fome e morte.
O trabalho dos povos originários na conservação da Amazônia é amplamente reconhecido. Patricia Machado, do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), atribui esse resultado ao modo de vida tradicional dessas comunidades, que veem a floresta como algo a ser preservado para as próximas gerações.
O programa Origens Brasil, coordenado pelo Imaflora, promove relações comerciais éticas entre empresas e comunidades indígenas na Amazônia. Em 2024, o programa movimentou mais de R$ 8,6 milhões em transações de produtos como castanha-do-pará, borracha, cumaru e peças de artesanato, envolvendo 4.800 produtores de 88 organizações.
A gestão sustentável das florestas e a cooperação com comunidades locais serão temas centrais do III Fórum Latino-Americano de Economia Verde. O evento, organizado pela Agência EFE, reunirá autoridades e especialistas para debater a crise climática.
O engajamento dos **povos indígenas na COP30** é um passo crucial para garantir a proteção da Amazônia e o futuro do planeta. Ao defender seus direitos e conhecimentos tradicionais, essas comunidades desempenham um papel vital na busca por soluções climáticas eficazes e sustentáveis.
Via Exame