O cenário financeiro está atento à próxima decisão do FOMC sobre a taxa de juros. Espera-se um corte de 0,25 ponto percentual, reduzindo as taxas para entre 3,75% e 4,00% ao ano. Se for confirmado, isso poderá abrir caminho para novas reduções no futuro, desafiando o FED com dados econômicos incertos.
A continuidade da paralisação do governo americano complica a divulgação de indicadores econômicos. A relação entre governo e oposição está tensa, o que impacta a análise da inflação e do emprego. Consequentemente, o FOMC pode ter que usar dados alternativos para fazer suas avaliações e decisões.
Os investidores seguem de olho nas empresas, especialmente após resultados financeiros mistos, como os da Netflix. Embora o lucro tenha subido, foi abaixo das expectativas, resultando em queda nas ações. O mercado permanece cauteloso enquanto aguarda a reunião do FOMC e a definição de seu rumo econômico.
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Investidores e analistas financeiros estão de olho na próxima decisão do Federal Open Market Committee (Fomc) sobre a taxa de juros. A expectativa geral é de um novo corte de 0,25 ponto percentual, o que colocaria os Fed Funds na faixa de 3,75% a 4,00% ao ano. Caso essa previsão se concretize, aumenta a probabilidade de o Federal Reserve (FED) promover mais uma redução em dezembro, finalizando 2025 com a taxa entre 3,50% e 3,75% ao ano.
No entanto, existe um risco a ser considerado: a paralisação do governo americano, que já se estende desde o início de outubro. A falta de acordo entre governo e oposição, somada ao interesse do presidente em reestruturar órgãos governamentais, tem prejudicado a divulgação de indicadores econômicos importantes, como os índices de inflação e desemprego. Essa situação torna o trabalho do FED mais desafiador, já que a instituição tem se tornado cada vez mais dependente desses dados.
Diante da ausência de números oficiais, os diretores do Fomc precisarão recorrer a indicadores alternativos, como os resultados regionais e os balanços trimestrais das empresas. Acreditasse que a taxa de juros será reduzida, mesmo com a inflação ainda em patamar elevado, cerca de 2,9%, acima da meta de 2,0%. Essa medida seria justificada pelo possível desaquecimento do mercado de trabalho, embora a falta de indicadores dificulte a avaliação precisa desse cenário.
O mercado está atento à possibilidade de estagnação ou desaceleração nas contratações. A incerteza sobre o ritmo do mercado de trabalho dificulta a definição da dose ideal de afrouxamento na política monetária. Nesse contexto, as declarações de Jerome Powell, presidente do FED, em sua entrevista coletiva após a reunião, ganham ainda mais relevância.
Enquanto aguardam a decisão do Fomc, os investidores acompanham de perto os resultados das empresas, que podem influenciar os preços das ações. Um exemplo disso é a Netflix, que divulgou resultados abaixo do esperado no terceiro trimestre de 2025. A receita da empresa cresceu 17%, atingindo US$ 11,51 bilhões, em linha com as expectativas. No entanto, o lucro líquido ficou em US$ 2,5 bilhões, abaixo dos US$ 3,01 bilhões previstos. O lucro por ação também decepcionou, ficando em US$ 5,87, contra os US$ 7,00 esperados. Esse desempenho indica pressão sobre a margem operacional e a rentabilidade, o que resultou em uma queda de 8% nas ações da empresa no after market.
O dia começou com os contratos futuros dos índices americanos mostrando estabilidade ou leve queda no pré-mercado, refletindo a cautela dos investidores em relação aos resultados das empresas e suas possíveis implicações para a economia. No momento, não há indicadores relevantes a serem divulgados.
O mercado financeiro permanece em compasso de espera, aguardando a reunião do Fomc e os próximos passos do FED em relação à política monetária. A decisão sobre a taxa de juros terá impacto direto nos investimentos e na economia como um todo, justificando a atenção redobrada dos investidores nesse período de incertezas.
Via Forbes Brasil
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