O preço do petróleo WTI recuou para US$ 56,43 o barril, e o Brent para US$ 60,18, alcançando os níveis mais baixos desde julho de 2021. Isso ocorre em meio a sinais de progresso nas negociações para o fim do conflito na Ucrânia, reduzindo o risco geopolítico ligado à Rússia, uma grande produtora.
Além disso, especialistas alertam para o risco de excesso de oferta a partir de 2027, devido à redução dos cortes da OPEP e menor crescimento na demanda global. Países como EUA, Brasil e Argentina devem aumentar a produção em 2024. A combinação desses fatores tem pressionado os preços para baixo, impactando o mercado mundial.
O preço do barril de petróleo WTI recua 1,76%, chegando a US$ 56,43, enquanto o Brent cai 1,54%, cotado a US$ 60,18, alcançando seus menores níveis desde julho de 2021. O mercado reage a uma combinação de fatores, incluindo um “progresso real” nas negociações para o fim da guerra na Ucrânia, que reduz o risco geopolítico envolvendo a Rússia, grande produtora global.
Regis Cardoso, da XP Investimentos, destaca a preocupação crescente com uma oferta em excesso prevista para 2027. Este cenário surge devido à redução dos cortes da OPEP e à desaceleração do crescimento da demanda mundial por óleo. As últimas previsões da Agência Internacional de Energia e da organização OPEP indicam um aumento diário de 600 mil barris na oferta em 2024, especialmente em países fora do grupo, como Estados Unidos, Brasil e Argentina.
Essa perspectiva de excesso de oferta estimada para 2026 tem levado investidores a pressionar os preços para baixo. Segundo Vitor Sousa, da Genial, a diminuição das tensões entre Ucrânia e Rússia motiva a retirada do prêmio de risco do preço futuro do petróleo.
Além disso, a demanda global sofre influência do menor ritmo de crescimento econômico previsto pelo FMI para 2026, que estima avanço do PIB mundial de 3,1%, abaixo dos 3,2% previstos para 2025. No curto prazo, o inverno no Hemisfério Norte também contribui para a redução no consumo, refletindo em estoques altos, possivelmente relacionados a atrasos logísticos e excesso real de oferta.
Via Money Times