Os investidores estão atentos às medidas do governo para minimizar os efeitos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. O pacote de ajuda contempla R$ 30 bilhões em crédito e novos incentivos, incluindo a prorrogação do Reintegra. Essas ações têm como objetivo aliviar a pressão nas contas públicas após o “tarifaço”.
Contudo, a incerteza sobre a efetividade dessas medidas reacende preocupações fiscais no mercado. A possibilidade de que essas iniciativas se tornem permanentes desperta dúvidas sobre a solidez das finanças públicas e a meta de déficit zero para 2025. A pressa dos investidores revela um cenário de cautela diante da fragilidade da política econômica.
À medida que a temporada de balanços do segundo trimestre se aproxima do fim, empresas como Banco do Brasil e Nubank devem apresentar resultados que impactarão a bolsa. Na última cotação, o Ibovespa caiu 0,89%, enquanto as bolsas globais seguiram sinais mistos. Além disso, as criptomoedas e o petróleo também mostram movimentos relevantes, mantendo investidores vigilantes sobre as oscilações do mercado financeiro.
Investidores analisam as medidas do governo para atenuar os efeitos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. O pacote inclui R$ 30 bilhões em crédito, R$ 4,5 bilhões em fundos garantidores e R$ 5 bilhões em créditos tributários a exportadores. Prorrogação de um ano no mecanismo aduaneiro e ampliação do Reintegra também estão previstas.
A incerteza sobre o impacto do “tarifaço” nas contas públicas reacendeu preocupações fiscais. Apesar de ser crédito extraordinário fora do limite de despesas, a medida se enquadra na meta de déficit zero para 2025. O mercado teme que essas ações se tornem permanentes, configurando uma política industrial.
A temporada de balanços do segundo trimestre se aproxima do fim, com destaque para bancos como o Banco do Brasil (BBAS3) e Nubank, varejistas, e empresas de energia como CPFL (CPFE3) e Cemig (CMIG4). Resultados de Azul (AZUL4), BRF (BRFS3), Marfrig (MRFG3), Marisa (AMAR3) e Yduqs (YDUQ3) também são aguardados.
No último pregão, o Ibovespa em queda registrou 0,89%, fechando aos 136.687,32 pontos. O dólar à vista encerrou as negociações a R$ 5,4018, com alta de 0,27%.
O iShares MSCI Brazil (EWZ), principal ETF brasileiro em Nova York, subiu 0,35% no after-market, cotado a US$ 28,28.
Na Europa, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 0,1% no segundo trimestre, com alta anual de 1,4%. A produção industrial caiu 1,3% em junho. Nos Estados Unidos, serão divulgados o índice de preços ao produtor (PPI) e os pedidos semanais de seguro-desemprego.
Na Ásia, investidores acompanham o PIB do Japão e dados da China, como produção industrial, vendas no varejo e taxa de desemprego. As bolsas asiáticas fecharam em baixa, enquanto as europeias e os futuros de Wall Street operam de forma mista.
O petróleo opera em alta, embora próximo das mínimas em dois meses devido ao aumento dos estoques e tensões entre EUA e Rússia. As criptomoedas apresentam valorização, com o bitcoin (BTC) negociado a US$ 121 mil, alta de 1,2%, e o ethereum (ETH) subindo 1,4%, cotado a US$ 4.700.
A agenda do dia inclui indicadores econômicos da Zona do Euro, Brasil e Estados Unidos. Também estão previstas reuniões e eventos com a participação do Presidente Lula e membros do governo, como Fernando Haddad e Gabriel Galípolo.
As bolsas asiáticas apresentaram os seguintes resultados: Tóquio/Nikkei: -1,35%, Hong Kong/Hang Seng: -0,37% e China/Xangai: -0,46%.
Nos mercados europeus (mercado aberto), Londres/FTSE100: -0,10%, Frankfurt/DAX: +0,42% e Paris/CAC 40: +0,33%.
Em Wall Street (mercado futuro), Nasdaq: -0,05%, S&P 500: -0,00% e Dow Jones: +0,06%.
No mercado de commodities, o petróleo/Brent está cotado a +0,46%, US$ 65,93 o barril, petróleo/WTI: +0,48%, a US$ 62,95 o barril e minério de ferro: -2,94%, a US$ 108,06 a tonelada em Dalian.
No universo das criptomoedas, Bitcoin (BTC): +1,2%, a US$ 121.688 e Ethereum (ETH): +1,4%, a US$ 4.750,05.
Fique de olho no mercado financeiro para não perder nenhuma atualização do mercado.
Via Money Times
