Presidente do Fed de Nova York alerta para distorções na leitura do índice de preços ao consumidor

Presidente do Fed de Nova York destaca distorções no CPI e avalia cenário econômico dos EUA com foco na inflação e juros.
19/12/2025 às 14:29 | Atualizado há 3 dias
               
Williams prevê crescimento moderado e avalia impacto da IA no trabalho e política monetária. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, afirmou que não percebe urgência para mudanças na política monetária dos EUA. Ele destacou que a política atual está adequada para analisar os dados econômicos com calma e que os juros estão moderadamente restritivos.

Williams ressaltou que a inflação ainda está acima da meta e que, apesar de esperar uma queda futura nos juros, prefere acompanhar a evolução econômica antes de agir. Também prevê crescimento do PIB entre 1% e 1,5% em 2025, com melhora em 2026.

Ele comentou sobre o impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho e descartou risco significativo ao sistema financeiro. Williams chamou atenção para possíveis distorções no índice de preços ao consumidor (CPI) de novembro, devido a falhas temporárias na coleta de dados, que exigirão análises adicionais.

O presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, afirmou não perceber senso de urgência para novas decisões na política monetária dos Estados Unidos. Em entrevista à CNBC, ele ressaltou que a política atual está “em um bom lugar”, permitindo ao banco central analisar dados econômicos com mais clareza.

Williams avaliou que os juros estão “moderadamente restritivos”, situados um pouco acima da taxa real neutra, que ele estima um pouco abaixo de 1%. Destacou que a política monetária serve para conter a inflação, ainda acima da meta, e antecipou que, em algum momento, os juros devem cair, mas prefere acompanhar como a economia se comportará antes de agir.

Sobre o crescimento econômico, o presidente do Fed de Nova York espera um avanço do Produto Interno Bruto (PIB) entre 1% e 1,5% em 2025, com uma recuperação maior prevista para 2026. Ele também reconheceu que o aumento da produtividade pode ajudar a conter a inflação.

Williams mencionou o impacto da inteligência artificial (IA) no mercado de trabalho, destacando que a tecnologia transformará as formas de trabalho, mas não vê riscos significativos ao sistema financeiro. Ele destacou ainda que o Fed não está realizando flexibilização quantitativa no momento e que a atual compra de ativos não tem como objetivo alterar as taxas de juros de longo prazo.

O dirigente qualificou como “encorajadores” os dados recentes, indicando desinflação em curso, mas alertou para possíveis distorções nos números do índice de preços ao consumidor (CPI) de novembro, por falhas temporárias na coleta de dados, o que exigirá mais análises nos próximos meses.

Via InfoMoney

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