A Telefônica Brasil, operando sob a marca Vivo, continua a prospectar oportunidades de aquisições de redes de fibra. A empresa também avalia expansão em áreas como serviços financeiros, saúde, educação e eletrônicos. A informação foi confirmada pelo presidente-executivo, Christian Gebara, após a divulgação dos resultados do quarto trimestre.
Gebara enfatizou que a Vivo está sempre atenta ao mercado de fibra óptica. A busca se concentra em ativos que complementem a infraestrutura existente da empresa, evitando sobreposições desnecessárias. Um critério fundamental na avaliação é comparar a qualidade da rede disponível para aquisição com o custo de construir uma nova infraestrutura.
O mercado de fibra no Brasil apresenta uma grande fragmentação, com muitos grupos menores atuando. A Vivo, com mais de 7 milhões de clientes, detém menos de 20% de market share, o que a posiciona como um potencial agente consolidador nesse cenário. Isso significa que há espaço para a empresa crescer por meio de aquisições de redes de fibra.
Outro ponto importante para a Vivo é a migração do regime de concessão para um de autorização. Esse processo, em fase final de formalização com a Anatel, o TCU e a União, isenta a empresa de investir em tecnologias como serviços fixos de voz. A Vivo planeja iniciar a migração de 1,2 milhão de clientes de serviços de voz em redes de cobre para outras tecnologias ainda este ano.
Essa mudança permitirá a extração e venda de milhares de toneladas de cobre, além da redução do tamanho das centrais de telefonia. A consequência é a diminuição ou cancelamento de aluguéis dos espaços utilizados para as instalações. A Vivo foca no aumento da cobertura móvel, deixando para trás um serviço considerado obsoleto e com baixa demanda, impulsionando as aquisições de redes de fibra.
Via InfoMoney