Pressão nos preços de alimentos, serviços e gastos públicos deve influenciar inflação em 2026

Alimentos, serviços e gastos públicos definem a inflação em 2026 no Brasil, segundo projeções econômicas.
18/12/2025 às 06:02 | Atualizado há 7 horas
               
Inflação em 2026 pode chegar a 4,2% com alta dos alimentos e emprego forte. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

A inflação em 2026 será marcada pela pressão nos preços de alimentos, serviços e pelos gastos públicos. Apesar da inflação ter ficado perto da meta em 2025, desafios continuam, especialmente no custo da alimentação e no setor de serviços, que deve apresentar alta acima da média.

Projeções indicam que o IPCA ficará em torno de 4%, com variações entre instituições financeiras e especialistas. A alta moderada nos preços das proteínas e o setor de serviços aquecido, devido à baixa taxa de desemprego, são fatores que influenciam o cenário.

Além disso, os gastos do governo e reajustes no salário mínimo podem trazer impactos adicionais à inflação. Especialistas alertam para a importância do equilíbrio fiscal para evitar pressões maiores no câmbio e nos preços ao consumidor.

A política monetária em 2025 trabalhou para manter a inflação próxima da meta de 3%, e em 2026 a expectativa é que a Selic alta continue, mas com possibilidade de cortes graduais. Relatórios indicam que, embora a inflação tenha surpreendido positivamente em parte deste ano, desafios permanecem, especialmente na alimentação e no setor de serviços.

O Boletim Focus reduziu a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 4,10% em 2026, enquanto a XP Investimentos e o Itaú Unibanco estimam 4,2% e o Bank of America prevê 4%. A Fundação Getúlio Vargas projeta 4,6%. Economistas alertam que fatores externos, como dólar fraco e exportação chinesa, e o mercado de trabalho interno aquecido, influenciam essas estimativas.

Os preços dos alimentos, que ficaram baixos em 2025, devem aumentar moderadamente, com alta especialmente em proteínas a partir do segundo semestre, influenciadas pelo ciclo da pecuária e possível fenômeno El Niño. O setor de serviços seguirá pressionando a inflação, devido a quase pleno emprego e taxas baixas de desocupação, com projeções acima de 5% para esse setor.

Bens industriais e preços monitorados tendem a apresentar variações mais contidas, com elevações menores previstas para 2026. No entanto, o cenário fiscal, principalmente os gastos do governo, é um ponto de risco para a trajetória inflacionária. Reajustes no salário mínimo e programas sociais podem gerar pressão adicional sobre os preços.

Especialistas ressaltam a importância de ajustes fiscais para evitar o crescimento da dívida pública e possíveis impactos no câmbio e na inflação, reforçando a necessidade do equilíbrio nas contas públicas para controlar os índices inflacionários.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.