Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por manter a taxa juros em 15%, alinhado com as expectativas do mercado. A decisão, divulgada em comunicado, sinaliza uma postura de estabilidade prolongada, embora não descarte a possibilidade de ajustes caso o cenário inflacionário apresente deterioração. Acompanhe os detalhes e perspectivas desse cenário econômico.
A análise do Comitê indica uma manutenção da taxa Selic estável na reunião de setembro. Étore Sanchez, da Ativa Investimentos, observa que o Banco Central (BC) adotou uma postura de “assimetria altista”, indicando prontidão para elevar os juros novamente. O objetivo é evitar cenários que prevejam cortes prematuros na Selic, o que poderia comprometer a restrição monetária desejada.
Marcos Vinícius Oliveira, da ZIIN Investimentos, destaca que o comunicado do Copom reflete uma piora no cenário internacional, intensificada pelas recentes tarifas. Essa preocupação com o ambiente externo, especialmente em relação às decisões dos EUA, impacta diretamente os mercados. Sanchez, da Ativa, prevê que a flexibilização da Selic só ocorrerá em meados do próximo ano.
O mercado demonstra alívio com a exclusão de setores cruciais da economia nas tarifas. No entanto, é essencial avaliar o impacto total das tarifas na economia. Indicadores recentes revelam um balanço orçamentário de junho com um déficit de R$ 108,107 bilhões, enquanto a dívida bruta sobre o PIB atingiu 76,6%. A taxa de desemprego em junho ficou em 5,8%, abaixo da expectativa de 6,0%.
Nos Estados Unidos, o núcleo do PCE (Índice de Preços de Gastos com Consumo) de junho manteve-se em 0,3%, com a taxa anual em 2,7%. Os números refletem a dinâmica econômica global e suas influências no cenário brasileiro.
Via Forbes Brasil