Previsões do Bank of America para a Economia do Brasil em 2026

Bank of America prevê dólar fraco e redução da Selic em 2026, com impacto na inflação e crescimento do PIB brasileiro.
11/12/2025 às 16:21 | Atualizado há 1 dia
               
David Beker prevê corte de juros em janeiro para o Brasil e a América Latina. (Imagem/Reprodução: Forbes)

As eleições presidenciais de 2026 no Brasil e o comportamento do dólar serão cruciais para a economia do país. O dólar tende a se manter fraco, valorizando o real e ajudando a conter a inflação e os custos de importações.

A expectativa é de que a taxa Selic seja reduzida gradualmente, partindo de 15% e chegando a 11,25% ao final do ano. A inflação deverá desacelerar para cerca de 4%, ainda acima da meta do Banco Central.

O PIB brasileiro deve crescer em torno de 2%, influenciado por medidas como a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, e pela política fiscal e monetária mais restritiva.

O ano de 2026 terá as eleições presidenciais brasileiras como um dos principais fatores de incerteza econômica. Enquanto os candidatos e suas equipes econômicas ainda não estão definidos, o comportamento do dólar terá papel central no desempenho da economia local. Segundo David Beker, economista do Bank of America para Brasil e América Latina, a tendência é que o dólar permaneça fraco, valorizando o real e beneficiando a economia nacional ao reduzir a inflação e os custos de importados.

A fraqueza do dólar está vinculada a fatores externos e à discrepância nas taxas de juros globais, que incentivam operações de carry trade. Juros elevados no Brasil, atualmente em 15% ao ano, atraem investimentos de países com taxas mais baixas, como EUA, Europa e Japão, aumentando a demanda pelo real.

Beker acredita que a moeda americana seguirá desvalorizada, refletindo uma estratégia dos EUA para tornar seus produtos mais competitivos internacionalmente. Essa dinâmica cria um cenário favorável para mercados emergentes, incluindo o Brasil.

Para 2026, a expectativa é de cortes graduais na taxa Selic, começando com uma redução de 0,5 ponto percentual no início do ano, terminando em 11,25%. A inflação medida pelo IPCA deve desacelerar para 4%, ainda acima da meta do Banco Central, influenciada em parte pela atuação da indústria chinesa no mercado global.

O crescimento do PIB deve desacelerar para cerca de 2%, considerando medidas como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Essa redução está ligada ao arrefecimento do setor de serviços e às políticas fiscal e monetária mais restritivas.

Via Forbes Brasil

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.