Privatização da Copasa avança em MG, mas preço ainda é incerto

Privatização da Copasa em Minas Gerais avança, com modelo parecido com Sabesp, mas preço das ações ainda é incerto.
10/12/2025 às 15:41 | Atualizado há 2 dias
               
Privatização da Copasa avança e está perto de aprovação final. (Imagem/Reprodução: Braziljournal)

A privatização da Copasa avançou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e está próxima da votação em plenário. O governo estadual pretende vender cerca de 45% das ações para arrecadar pelo menos R$ 10 bilhões, num processo semelhante ao da Sabesp.

Ainda há dúvidas em relação ao preço das ações, com diferentes projeções de bancos. Mudanças regulatórias e extensão das concessões em cidades importantes são fatores que impactam o valor e a atratividade da operação.

Esse processo é um dos mais relevantes no setor de saneamento em Minas Gerais, podendo mudar o modelo de gestão e afetar o mercado acionário local.

A privatização da Copasa avançou recentemente ao passar pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, última etapa antes da votação em plenário, marcada para a próxima terça-feira. O projeto permite que a privatização ocorra por meio de leilão ou oferta de ações, com o modelo mais provável sendo semelhante à venda da Sabesp, envolvendo um acionista de referência.

O governo de Minas busca vender cerca de 45% do capital da Copasa, que detém 50,03%, para evitar o disparo do tag along. A Copasa está avaliada em aproximadamente R$ 16 bilhões na bolsa, e o estado espera arrecadar pelo menos R$ 10 bilhões com a operação. Esse valor reflete expectativas de alterações regulatórias positivas, como a extensão das concessões em cidades-chave, entre elas Belo Horizonte, onde a empresa poderá operar até 2073, conforme acordo recente com a prefeitura.

Analistas destacam que detalhes regulatórios, como o reconhecimento dos investimentos feitos para universalização, ainda precisam ser esclarecidos. Valores que remuneram a base de ativos (WACC) já estão definidos até 2033, o que auxilia a previsibilidade para investidores. Estimativas de bancos variam: o Itaú BBA projeta preço justo para as ações de R$ 51,60 após a privatização, enquanto o Citi apresenta cenário mais conservador, com ação a R$ 45.

Segundo o Citi, melhorias significativas nos investimentos, redução de custos e ganhos fiscais poderiam impulsionar o papel para R$ 63. A privatização da Copasa segue como um dos processos mais importantes no setor de saneamento para Minas Gerais, com impacto direto no mercado acionário e no modelo de gestão do serviço.

Via Brazil Journal

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.