A Meta parou um estudo interno chamado Projeto Mercury, de 2020, que mostrava danos à saúde mental do Facebook. Usuários que desativaram o app por uma semana relataram menos depressão, ansiedade e solidão. A pesquisa, feita com a Nielsen, nunca foi publicada.
Processo de distritos escolares dos EUA acusa a empresa de esconder os dados e mentir ao Congresso. Outras plataformas como Google e TikTok também são alvos por falhas em segurança infantil. Audiência marcada para janeiro na Califórnia.
A Meta interrompeu um estudo interno sobre os efeitos do Facebook na saúde mental após resultados indicarem prejuízos aos usuários. O Projeto Mercury, de 2020, revelou que pessoas que desativaram o app por uma semana sentiram menos depressão, ansiedade e solidão.
A pesquisa, feita com a Nielsen, não foi publicada nem continuada. Documentos de um processo judicial movido por distritos escolares dos EUA citam que a empresa alegou contaminação por “narrativa da mídia”. Funcionários discordaram internamente, um comparando ao silêncio da indústria do tabaco sobre danos dos cigarros.
O processo acusa a Meta de dizer ao Congresso que não conseguia quantificar danos a adolescentes, apesar dos dados. A ação também mira Google, TikTok e Snapchat por esconder riscos, incentivar uso em crianças menores de 13 anos e falhar no combate a abuso sexual infantil.
Contra a Meta, há alegações de projetar segurança ineficaz para jovens, exigir 17 infrações para banir contas de tráfico sexual e priorizar engajamento sobre conteúdo prejudicial. Mark Zuckerberg teria dito em 2021 que segurança infantil não era prioridade, focando no metaverso.
A Meta rebate: metodologia falha no estudo, medidas de segurança eficazes e esforços reais para proteger adolescentes. Porta-voz Andy Stone diz que o processo deturpa fatos. Audiência marcada para 26 de janeiro na Califórnia.
Via G1