Produção industrial brasileira cresce só 0,1% em outubro e perde fôlego

Produção industrial no Brasil sobe apenas 0,1% em outubro ante setembro, revela IBGE. Setores extrativos e automotivo impulsionam, mas manufatura cai. Projeções modestas para 2025 com juros altos.
02/12/2025 às 12:26 | Atualizado há 12 horas
               
Produção industrial no Brasil
Após outubro fraco, produção industrial deve subir no máx. 1% em 2025, vs +3,1% em 2024. (Imagem/Reprodução: Infomoney)
  • A produção industrial no Brasil registrou alta de apenas 0,1% em outubro de 2024 em relação a setembro, com queda de 0,5% ante outubro de 2023, segundo o IBGE.
  • O objetivo da notícia é destacar a perda contínua de ritmo na indústria, com desempenhos variados entre os 25 setores pesquisados.
  • O impacto inclui projeções modestas de crescimento para 2025 (0,5% a 1,3%), pressionadas por juros altos na Selic a 15%, estoques elevados e tarifas externas.
  • Resiliência no emprego é notada, mas investimentos são limitados por condições monetárias restritivas.

A Produção industrial no Brasil registrou alta de apenas 0,1% em outubro ante setembro, segundo dados do IBGE divulgados nesta terça. Comparado a outubro de 2024, houve queda de 0,5%. Isso reforça a perda de ritmo observada desde setembro passado, com o Banco Central elevando a Selic para 15%.

O avanço veio de 12 dos 25 ramos pesquisados. Indústrias extrativas subiram 3,6%, veículos automotores 2% e produtos alimentícios 0,9%. Esses foram os principais impulsionadores.

A manufatura, porém, caiu 0,6%. Bens de capital cresceram 1%, duráveis 2,7% (com eletrônicos +4% e veículos +2%), semi e não duráveis 1% (alimentícios acumulam +5,5% em quatro meses). Intermediários recuaram 0,8%, afetados por derivados de petróleo.

Projeções para 2025 indicam expansão modesta. Inter estima 0,5%, XP 1% este ano e 1,3% em 2026, C6 Bank próximo a 1%, PicPay 0,9%. Fatores como juros altos, estoques elevados e tarifas americanas pesam no setor.

Economistas notam resiliência no emprego e renda, mas condições monetárias restritivas limitam investimentos. Goldman Sachs vê suporte em transferências fiscais e políticas industriais, apesar dos desafios.

Bradesco projeta PIB estável no quarto trimestre e +2% em 2025. A trajetória sugere volatilidade, com acomodação geral.

Via InfoMoney

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