A inteligência artificial tem se tornado uma ferramenta auxiliar na psicologia, usada para transcrever sessões e ajudar na elaboração de relatórios. Empresas brasileiras oferecem recursos que facilitam o trabalho dos profissionais, sempre respeitando o consentimento dos pacientes.
Especialistas alertam para os riscos éticos e legais dessa prática. O Conselho Federal de Psicologia reforça que o uso da IA deve ser feito com responsabilidade, mantendo sempre a supervisão humana para garantir a qualidade do atendimento.
A IA ajuda a otimizar processos burocráticos sem substituir o contato humano, fundamental para a terapia. Plataformas com segurança reforçada garantem a privacidade dos pacientes, equilibrando tecnologia e ética.
O uso da inteligência artificial tem avançado no campo da terapia, facilitando tarefas como transcrição de sessões e elaboração de relatórios. Empresas como PsicoAI e PsiDigital oferecem ferramentas que auxiliam profissionais com resumos, sugestões técnicas e até estratégias baseadas em autores renomados.
Muitos psicólogos já adotam essas tecnologias para ganhar tempo e organizar dados, sempre com consentimento dos pacientes. A psicóloga Maísa Brum, por exemplo, usa um gravador com IA que transcreve entrevistas e ajuda na criação de laudos, mantendo a revisão humana para garantir precisão clínica.
Apesar dos benefícios, especialistas alertam para riscos éticos e legais. O Conselho Federal de Psicologia destaca que a responsabilidade pelo uso correto da IA cabe ao profissional, que deve obter autorização explícita dos pacientes. Rodrigo Martins Leite, psiquiatra, ressalta que a IA não substitui a experiência e a supervisão humanas e não captura nuances como expressões faciais.
A plataforma PsiDigital, criada por um engenheiro mecânico e uma psicanalista, registra automaticamente os principais pontos de cada sessão e apaga as gravações ao final para preservar a privacidade, protegendo informações por criptografia e múltiplas camadas de segurança.
O consenso entre os especialistas é que a IA deve ser encarada como uma aliada para otimizar o trabalho do terapeuta, agilizando a parte burocrática e auxiliando na elaboração de conteúdos, sem substituir o contato humano essencial para o tratamento psicológico.
Via g1
