Na manhã do dia 18, uma queda na Cloudflare afetou milhares de sites, evidenciando a centralização da infraestrutura da internet. O incidente gerou debates sobre a dependência excessiva em poucos provedores e a fragilidade da web.
Cloudflare é responsável por acelerar páginas e proteger contra ataques, sendo usada por mais de 20% dos sites no mundo. O evento veio após falhas na Amazon Web Services e Microsoft, mostrando que grandes provedores também são vulneráveis.
Especialistas alertam para o risco sistêmico causado pela concentração tecnológica e recomendam diversificação para evitar falhas graves. A queda reforça a urgência de pensar em uma internet mais distribuída e segura para o futuro.
Na manhã da última terça-feira, dia 18, uma Queda da Cloudflare provocou a interrupção de milhares de plataformas online, reabrindo discussões cruciais sobre a centralização da infraestrutura da internet. O incidente levanta questões sobre a dependência excessiva de poucos provedores e a vulnerabilidade da web moderna.
A Queda da Cloudflare, que fornece serviços essenciais como aceleração de carregamento de páginas e proteção contra ataques cibernéticos, expôs a fragilidade da internet. Fabricio Pellizon, da Engineering Brasil, destaca a importância da Cloudflare como peça chave na infraestrutura da web.
Segundo a W3Techs, os serviços da Cloudflare são utilizados por 20,4% dos sites globalmente. Este número evidencia o impacto que uma interrupção em seus serviços pode causar na disponibilidade de inúmeras plataformas online.
Este evento acontece pouco tempo depois de um apagão na Amazon Web Services (AWS) e interrupções na Microsoft devido a mudanças no Azure Front Door. Estes incidentes demonstram que mesmo os maiores provedores de cloud computing não estão imunes a falhas.
Luís Guedes, da FIA Business School, compara a situação ao sistema financeiro, alertando que a concentração de infraestrutura crítica em poucos atores pode levar a um risco sistêmico para a economia digital. A diversificação de servidores é apontada como uma solução para mitigar esses riscos.
Raphael Farinazzo, da PM3, ressalta que, apesar da descentralização ser o ideal, muitas empresas preferem aceitar eventuais quedas a arcar com os custos de uma infraestrutura à prova de falhas. A estratégia “Multi”, que consiste em distribuir aplicações e dados entre diferentes servidores, ainda não é uma realidade para muitas organizações.
A recente Queda da Cloudflare serve como um lembrete da importância de repensar a arquitetura da internet e buscar alternativas que reduzam a dependência de um único ponto de falha. A busca por soluções de infraestrutura mais resilientes e distribuídas é fundamental para garantir a estabilidade e a segurança da web no futuro.
Via Forbes Brasil