Queda das Ações da Rumo (RAIL3) Após Revisão do Citi

Ações da Rumo recuam após Citi cortar preço-alvo. Entenda os detalhes.
25/08/2025 às 15:21 | Atualizado há 15 horas
Ações da Rumo
Rumo (RAIL3) despenca entre os maiores recuos do Ibovespa nesta segunda-feira. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

As Ações da Rumo (RAIL3) sofreram uma das maiores quedas no Ibovespa, refletindo a revisão feita pelo Citi. Isso ocorreu após a instituição reduzir o preço-alvo das ações, que caiu de R$ 19,50 para R$ 16,50. Apesar da queda de 2,79%, esse novo preço ainda sugere um potencial de valorização de 9,5% em relação ao valor anterior.

De acordo com o analista Filipe Nielsen, a revisão reflete riscos relacionados à precificação de fretes. Mesmo com o corte nas estimativas, o Citi manteve uma recomendação neutra para as ações. O cenário de valuation atual já considera muitos riscos, mas a demanda por fretes pode continuar pressionando as tarifas.

Os desafios para as exportações de milho e a dinâmica da demanda por soja chinesa são fatores que afetam a Rumo. O Citi também revisou a estimativa de lucro líquido para 2025, reduzindo-a para R$ 1,887 bilhão. As dificuldades no setor exigem que a Rumo adapte suas estratégias para manter a competitividade.
As Ações da Rumo (RAIL3) registraram uma das maiores quedas no Ibovespa nesta segunda-feira, refletindo a revisão das estimativas da companhia pelo Citi. A instituição financeira diminuiu o preço-alvo das ações, impactando negativamente o desempenho da empresa no mercado financeiro. Às 14h30 (horário de Brasília), os papéis da RAIL3 apresentavam uma queda de 2,79%, cotados a R$ 14,65.

O Citi cortou o preço-alvo das Ações da Rumo de R$ 19,50 para R$ 16,50, embora este novo valor ainda represente um potencial de valorização de 9,5% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira. Essa revisão reflete, principalmente, os riscos associados à precificação de fretes no setor. Apesar do corte, o Citi manteve uma recomendação neutra para as ações da companhia.

De acordo com Filipe Nielsen, analista do Citi, o cenário atual de valuation já incorpora grande parte das perspectivas negativas. A oferta e a demanda no setor de logística não têm demonstrado a força esperada, exercendo pressão sobre as tarifas de frete, mesmo diante de um potencial promissor para as exportações brasileiras em 2025.

Nielsen ressaltou que, após a decepção da Rumo com as tarifas no segundo trimestre de 2025, há uma maior probabilidade de que essa fraqueza persista no segundo semestre. Além disso, os riscos de longo prazo para a exportação de milho do Brasil podem impactar negativamente o poder de precificação da Rumo.

Ainda segundo o Citi, a demanda chinesa por soja brasileira pode impulsionar os volumes da Rumo no segundo semestre. Contudo, as exportações de milho enfrentam desafios maiores devido à dinâmica entre oferta e demanda. O aumento do consumo interno de milho, o menor interesse da China pelo produto brasileiro e a possibilidade de a Europa aumentar as importações de milho dos Estados Unidos podem intensificar a pressão sobre as tarifas da Rumo.

O banco também revisou a estimativa de lucro líquido para R$ 1,887 bilhão em 2025, abaixo da projeção anterior de R$ 1,920 bilhão. Além disso, o Citi elevou o custo de capital próprio de 17,6% para 18,5%, considerando os riscos agrícolas para a demanda de frete ferroviário e as taxas de juros de longo prazo mais elevadas.

Apesar das dificuldades, melhorias na eficiência de custos podem compensar o impacto nas margens da companhia. No entanto, a geração de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) parece mais fraca e próxima do limite inferior do guidance da Rumo para este ano, conforme as estimativas do Citi.

Diante desse cenário, a atenção se volta para como a Rumo irá adaptar suas estratégias para mitigar os impactos da menor demanda e das pressões sobre as tarifas, buscando manter sua competitividade e rentabilidade no mercado de logística.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.