Queda nas Ações das Petrolíferas: Entenda os Motivos

As ações de Petrobras, Prio e Petroreconcavo caem. Entenda as razões por trás dessa queda no mercado.
04/08/2025 às 16:21 | Atualizado há 1 semana
Ações de petroleiras
Ações das petroleiras caem enquanto o petróleo recua no mercado internacional. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

As ações das petrolíferas enfrentaram uma queda significativa nesta segunda-feira, 4, acompanhando a diminuição do preço do petróleo no mercado internacional. Este movimento está ligado a uma série de fatores, como a decisão recente da OPEP+ de aumentar a produção, o que gerou preocupações sobre a possibilidade de excesso de oferta. Apesar das notícias de descobertas significativas, como a da BP, o setor continua pressionado pelas dinâmicas globais.

Empresas como Prio (PRIO3) e Petroreconcavo (RECV3) estão entre as que mais sentiram essa pressão, com quedas de 1,37% e 1,27%, respectivamente. Além disso, a Petrobras (PETR4) também apresentou uma leve queda, refletindo a sensibilidade do setor às oscilações dos preços do petróleo. A reação do mercado indica um clima de cautela entre investidores, que monitoram o desempenho global do petróleo.

A OPEP+ anunciou um aumento na produção a partir de setembro, com um incremento de 547 mil barris por dia. Essa decisão foi vista como uma tentativa de equilibrar a oferta, mas afetou negativamente os preços. No entanto, a recente descoberta da BP na Bacia de Santos, uma das maiores em 25 anos, gera otimismo, embora ainda não tenha sido suficiente para reverter a tendência de queda nas ações das petrolíferas.
As ações de petroleiras apresentaram um recuo nesta segunda-feira, acompanhando a tendência de queda do petróleo no mercado internacional. Esse movimento reflete uma combinação de fatores, incluindo decisões recentes da Opep+ e o aumento da produção, gerando preocupações sobre o excesso de oferta em curto prazo. Apesar de notícias positivas como a descoberta da BP, o setor segue pressionado pelas dinâmicas globais de oferta e demanda.

Os papéis de diversas empresas do setor de petróleo sentiram o impacto dessa conjuntura. Prio (PRIO3) registrou uma queda de 1,37%, enquanto Petroreconcavo (RECV3) apresentou um recuo de 1,27%. Brava Energia (BRAV3) também teve um desempenho negativo, com -0,93%, e a Petrobras (PETR4) fechou com uma baixa de 0,31%. Essa reação do mercado demonstra a sensibilidade das ações de petroleiras às variações no preço do petróleo e às decisões de produção.

A decisão da Opep+ de aumentar a produção a partir de setembro foi um fator determinante para a queda no preço do petróleo. A medida reacendeu os temores de um possível excesso de oferta no mercado, o que pressionou os preços para baixo. Os contratos mais líquidos do Brent, referência internacional de preços, recuaram 1,30%, cotados a US$ 68,76 o barril na Intercontinental Exchange (ICE) em Londres.

Nos Estados Unidos, o contrato do WTI, referência no mercado americano, também apresentou queda. O contrato para setembro teve um recuo de 1,54%, atingindo US$ 66,29 o barril na New York Mercantil Exchange (Nymex). Esse cenário global de queda nos preços do petróleo impactou diretamente o desempenho das ações de petroleiras em diversos mercados.

A Opep+ anunciou um aumento na produção de 547 mil barris por dia (bpd) em setembro. Essa decisão representa uma antecipação da reversão dos cortes de produção realizados pelo grupo e inclui um aumento adicional da produção dos Emirados Árabes Unidos. Com isso, cerca de 2,5 milhões de bpd serão adicionados ao mercado, representando aproximadamente 2,4% da demanda mundial.

Em contrapartida, uma notícia positiva para o setor veio da BP, que anunciou sua maior descoberta de petróleo e gás em 25 anos na Bacia de Santos, no Brasil. A descoberta, localizada no pré-sal, abrange uma área de mais de 300 quilômetros quadrados a 2.372 metros de profundidade offshore. A BP detém 100% do bloco, garantido em termos favoráveis em 2022, com a Pré-Sal Petróleo S.A.

Analistas como Vicente Falanga, do Bradesco BBI, e Ricardo França, da Ágora Investimentos, consideram a descoberta da BP como uma nova frente para a empresa no Brasil, demonstrando o potencial ainda inexplorado na Bacia de Santos. Apesar dessa notícia animadora, os dados preliminares de produção de julho, que mostraram um novo recorde da companhia, não foram suficientes para impulsionar as ações de petroleiras.

A companhia reportou uma média diária de 90,9 mil barris de óleo equivalente (boe) no período, um aumento em relação aos 87,2 mil boe/d reportados em junho. Esse resultado reflete principalmente a evolução do segmento offshore (extração no mar). No entanto, o desempenho das ações de petroleiras continuou no campo negativo, seguindo a tendência de seus pares no mercado.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.