O rebanho bovino do Brasil atingiu 238,2 milhões de cabeças em 2024, superando em 12,04% a população estimada de 212,6 milhões. Apesar de uma leve retração de 0,2%, os dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) mostram a importância do setor na economia nacional.
O Brasil registrou recordes no abate de bovinos, suínos e frangos, impulsionado por altas exportações de carnes. A analista Mariana Oliveira destacou que a redução no rebanho é consequência de um ciclo pecuário, onde os altos preços desestimulam a retenção de fêmeas para reprodução.
A produção de leite também foi significativa, com 35,7 bilhões de litros, mesmo com a diminuição do número de vacas. O setor mostra um crescimento expressivo, refletindo na economia e no mercado internacional. É um panorama que destaca a força da pecuária e suas várias vertentes.
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O Rebanho bovino do Brasil, mesmo com uma leve retração de 0,2% em 2024, contabilizou 238,2 milhões de cabeças, um número que supera em 12,04% a população brasileira, estimada em 212,6 milhões. Os dados são da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2024, divulgada pelo IBGE, e revelam um panorama interessante sobre a pecuária nacional.
Em 2024, o Brasil atingiu números recordes no abate de bovinos, suínos e frangos, impulsionado pelas exportações de carnes in natura, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Essa produção recorde demonstra a força do setor pecuário brasileiro no mercado internacional.
A analista da PPM, Mariana Oliveira, explicou que a variação negativa no rebanho bovino é resultado do ciclo pecuário, com um abate elevado de fêmeas devido aos preços do bezerro e da arroba, desestimulando a retenção para reprodução. São Félix do Xingu (Pará) lidera entre os municípios com o maior rebanho, com cerca de 2,5 milhões de cabeças, representando 1,1% do total brasileiro.
Corumbá (Mato Grosso do Sul), Porto Velho (Rondônia), Cáceres (Mato Grosso) e Marabá (Pará) seguem na lista, somando 3,9% do rebanho bovino nacional, totalizando 9,2 milhões de animais. Esses números destacam a concentração da atividade pecuária em algumas regiões do país.
A produção de leite também alcançou um novo recorde, atingindo 35,7 bilhões de litros, um aumento de 1,4% em relação ao ano anterior, mesmo com a diminuição do número de vacas ordenhadas, que totalizaram 15,1 milhões, o menor número desde 1979. A eficiência na produção de leite, portanto, teve um aumento considerável.
O IBGE também estimou em 1,6 bilhão o número de galináceos no Brasil em 2024, um aumento de 1,7% em relação ao ano anterior, equivalente a 26,8 milhões de animais a mais. O abate de frangos também registrou um novo recorde, com aumentos de 2,7% em cabeças e 2,4% em peso de carcaça.
A região Sul se mantém como a maior detentora do efetivo desde 1983, respondendo por 47,3% do total em 2024, impulsionada principalmente pelo Paraná, que lidera a criação de galináceos desde 2006. Santa Maria de Jetibá (Espírito Santo) é o município com o maior efetivo de galináceos, registrando um aumento de mais de 2 milhões de animais em 2024.
O efetivo de caprinos aumentou 3,1% em 2024, chegando a 13,3 milhões de animais, enquanto o número de ovinos aumentou 0,3%, atingindo 21,9 milhões de animais. A região Nordeste se destaca na criação desses animais, concentrando 96,3% do total de caprinos e 73,5% dos ovinos.
Em relação aos suínos, foram contabilizados 43,9 milhões de animais, um aumento de 1,8% em relação ao ano anterior. A produção brasileira de ovos de galinha apresentou um crescimento de 8,6% em 2024, atingindo 5,4 bilhões de dúzias, um novo recorde na série histórica.
A produção de peixes em 2024 teve um aumento de 10,3%, chegando a 724,9 mil toneladas, com um valor de produção de R$ 7,7 bilhões. A tilápia continua sendo o peixe mais produzido no Brasil, representando 68,9% do total. A produção de camarão criado em cativeiro também atingiu um recorde, com 146,8 mil toneladas, impulsionada pela região Nordeste.
Diante desses dados, o setor pecuário brasileiro demonstra sua relevância para a economia nacional, com números expressivos em diversas áreas de produção.
Via InfoMoney
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