Rede D’Or faz proposta para aquisição do Fleury

A Rede D’Or está preparada para fazer uma oferta pelo Fleury. Descubra o que isso significa para o mercado de saúde!
20/07/2025 às 19:41 | Atualizado há 1 dia
Oferta pelo Fleury
Rede D'Or busca fortalecer sua atuação com a compra do Grupo Fleury na saúde suplementar. (Imagem/Reprodução: Braziljournal)

A Rede D’Or está se preparando para realizar uma Oferta pelo Fleury, em um movimento estratégico de verticalização das fontes pagadoras dentro da cadeia de valor da saúde suplementar. A informação foi divulgada por fontes familiarizadas com o assunto ao Brazil Journal e confirmada por Lauro Jardim em sua coluna.

A transação, que está sendo planejada, envolve uma oferta em dinheiro, além da possibilidade de pagamento em ações. O objetivo é permitir que os acionistas que desejarem possam permanecer na companhia. O JP Morgan está assessorando a Rede D’Or, enquanto o Morgan Stanley está trabalhando com o Fleury, e as conversas entre as empresas começaram há mais de três meses.

Jorge Moll, da Rede D’Or, iniciou as conversas com o Bradesco, que se mostrou favorável à combinação. O banco detém 24,9% do capital do Fleury, que está avaliado em R$ 6,9 bilhões na Bolsa, após uma queda de 20% nas ações nos últimos 12 meses. É importante ressaltar que a Rede D’Or está avaliada em R$ 75 bilhões.

Para que a Oferta pelo Fleury seja bem-sucedida, será necessário obter o apoio do grupo de médicos que detém 11% da companhia e possui três assentos no conselho, além da família Pardini, que também ocupa três das dez cadeiras no conselho. Esses grupos têm um histórico de influência nas decisões estratégicas da empresa.

A Rede D’Or já foi acionista do Fleury há 15 anos, quando os Moll venderam sua rede de laboratórios no Rio, a Labs D’Or, por R$ 1 bilhão. Posteriormente, a família vendeu sua participação na empresa no mercado.

A possível aquisição do Fleury pela Rede D’Or, com o apoio do Bradesco, representa o segundo movimento de aproximação entre a companhia dos Moll e o banco. No ano passado, as duas empresas anunciaram uma joint venture, a Atlântica D’Or, na qual serão sócias em três hospitais.

A criação da joint venture foi uma forma do Bradesco verticalizar parcialmente sua operação de saúde e ter acesso a condições de negociação mais favoráveis. Essa estratégia ocorre em um momento em que o setor de saúde suplementar enfrenta desafios para equilibrar as contas, devido à regulação e à inflação médica.

Via Brazil Journal

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