Pesquisadores confirmaram a descoberta do registro mais antigo de fogo produzido por humanos, datado de aproximadamente 400 mil anos. A descoberta foi feita em Barnham, no leste da Inglaterra, e revela que neandertais primitivos já dominavam a técnica de fabricar fogo, muito antes do que se imaginava.
Análises identificaram sedimentos aquecidos várias vezes, ferramentas danificadas pelo calor e fragmentos de pirita usados para criar faíscas. Isso indica o uso contínuo do fogo de forma controlada, o que demonstra conhecimento técnico e transmissão cultural entre esses grupos antigos.
Essa descoberta amplia o entendimento sobre a evolução humana e o papel do fogo na sobrevivência, alimentação e desenvolvimento social e cerebral dos neandertais. Os vestígios mostram um fogo produzido sob demanda, evidenciando a complexidade dos primeiros humanos.
Pesquisadores confirmaram o registro mais antigo de fogo produzido por humanos, com aproximadamente 400 mil anos. Essa descoberta, realizada em Barnham, no leste da Inglaterra, revela que neandertais primitivos já dominavam a técnica de fabricar fogo, antecipando em 350 mil anos o que se sabia até então.
O estudo identificou sedimentos aquecidos várias vezes, ferramentas de sílex danificadas pelo calor e fragmentos de pirita de ferro, mineral que, quando riscado no sílex, cria faíscas para acender fogo. Esta combinação mostra evidências claras do que pode ser considerado um “primeiro isqueiro”.
Além disso, os vestígios indicam uso contínuo da lareira como espaço de convivência, configurando um fogo sob demanda, diferente do aproveitamento apenas de incêndios naturais. Para produzir o fogo, era necessário conhecimento técnico e transmissão cultural, o que evidencia a complexidade cognitiva dos neandertais na época.
A importância do domínio do foco vai além do controle da chama: impulsionou transformações na sobrevivência, estimulou mudanças evolutivas e contribuiu para o desenvolvimento de cérebros maiores, dietas diversificadas e sociedades mais elaboradas.
Escavações começaram em 2013 no local, e análises de sedimentos e artefatos confirmaram que o fogo era produzido repetidamente num mesmo ponto, sob condições controladas. A pirita, não encontrada naturalmente na região, sugere que era levada intencionalmente de outras áreas para fabricação de faíscas.
Essa descoberta amplifica nosso entendimento sobre os neandertais e introduz novos questionamentos sobre a origem, disseminação e uso frequente da tecnologia fogo entre antigos grupos humanos.
Via Super